Presidente da República Portuguesa foi recebido pelo prefeito da Casa Pontifícia
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 17 mar 2016 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa chegou ao Vaticano para uma audiência com o Papa Francisco, onde foi recebido pelo prefeito da Casa Pontifícia, D. Georg Gaenswein e 12 elementos da Guarda Suíça.
Para além da audiência com o Papa, Marcelo Rebelo de Sousa vai encontrar-se com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e vai fazer uma breve visita à Capela Sistina, antes da partida para Madrid, onde vai prosseguir a primeira deslocação oficial de Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente da República disse esta segunda-feira que a escolha do Vaticano para a sua primeira deslocação oficial se liga ao facto de ter sido a primeira entidade a reconhecer Portugal como estado independente.
"Trata-se do reconhecimento perante a entidade que foi a primeira a reconhecer Portugal como estado independente", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas no final de uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
No seu discurso de tomada de posse perante a Assembleia da República, a 9 de março, Rebelo de Sousa disse que a fundação de Portugal foi “reconhecida urbi et orbi pela Bula «Manifestis Probatum est»”, um documento do Papa Alexandre III, de 1179, que confirmava a independência de Portugal e o título de rei a Afonso Henriques.
Esta quarta-feira, em Roma, o presidente da República que vai entregar uma “carta formal” ao Papa Francisco com o convite para visitar Portugal em 2017.
“Eu trago comigo uma carta formal em nome da República Portuguesa a convidar Sua Santidade a visitar Portugal, a propósito do centenário das aparições de Fátima”, revelou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas na residência da Embaixada de Portugal junto da Santa Sé.
“Espero encontrar no Papa Francisco o acolhimento a este convite”, acrescentou o chefe de Estado.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, para além do “acontecimento religioso” a celebrar em 2017 e da “projeção” que esta visita pode dar a Portugal, seria também uma oportunidade para prestar “o reconhecimento da gratidão à Santa Sé pelo seu papel desde a independência portuguesa, no século XII.
O Papa reafirmou a vontade de visitar o Santuário de Fátima, que celebra o centenário das aparições marianas em 2017, quando se encontrou com os bispos portugueses, em setembro de 2015, no início da visita 'ad Limina'.
Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI em (13 de maio de 1967), João Paulo II (12 a 15 de maio de 1982; 10 a 13 de maio de 1991; 12 e 13 de maio de 2000) e Bento XVI (11 a 14 de maio de 2010).
São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de Março de 1983), a caminho da América Central.
O cardeal Parolin, secretário de Estado do Vaticano, vai presidir à peregrinação internacional do próximo dia 13 de outubro, no Santuário de Fátima.
OC/PR