Vaticano manifesta repulsa pela utilização de embriões híbridos

“Ofensa à dignidade humana”: foi com estas palavras que D. Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, qualificou o projecto de lei apresentado pelo governo britânico, que autoriza pela primeira vez a utilização de embriões híbridos de humanos e animais com fins de investigação científica. Em virtude desta iniciativa legal, poderiam ser criados embriões citoplásmicos que seriam em 99,9% humanos, mas com uma fracção de genes animais. Segundo este projecto de lei, seria ilegal que um embrião deste tipo cresça durante mais de 14 dias ou seja implantado num útero. “A criação de um híbrido homem-animal é uma fronteira que até agora tinha sido proibida no campo das biotecnologias por todos, não só pelas associações religiosas. Compromete e ofende a dignidade humana, e também pode criar monstruosidades”, declarou D. Sgreccia. “É verdade que estes embriões serão depois eliminados, servindo apenas para se retirar as suas células De qualquer forma, a criação de um ser homem-animal representa uma fronteira violada no campo da natureza, a mais grave”, explicou aos microfones da Rádio Vaticano. O presidente da Academia Pontifícia para a Vida considera que, por este motivo, “a condenação moral deve ser total, antes de tudo em nome da razão e em nome da justiça e da ciência, que deve pôr-se ao serviço do homem e respeitar a natureza humana”.

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