O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, saudou o fim das hostilidades entre o Líbano e Israel, assinalando que agora “é hora da reconstrução, não apenas das estruturas devastadas, mas da edificação única que é o homem”. “É tempo de lembrar quantos foram mortos, de apoiar espiritual e materialmente todos aqueles que a guerra envolveu nas suas assustadoras espirais. É hora da esperança tenaz, que não se entrega, que não cede à tentação do desalento”, pode ler-se. Num artigo relativo à missão do enviado do Papa a Beirute, o Cardeal Roger Etchegaray, o quotidiano aplaude a resolução aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas lamenta o tempo que a comunidade internacional levou para dar este passo. “Apesar de terem passado, infelizmente, muitos dias para conseguir uma solução capaz de acabar com a violência, deve expressar-se sentida complacência pelo resultado alcançado, graças ao qual a ‘força do direito’ prevaleceu finalmente sobre o ‘direito à força’”, afirma a edição italiana de 17-18 de Agosto de 2006. O artigo assinala que a Resolução 1701, aprovada a 11 de Agosto não responde a alguns dos pedidos apresentados por Israel e pelo Líbano, “em particular à questão dos prisioneiros libaneses em Israel, a das quintas de Sheba e a entrega dos dois soldados israelitas na mão do Hezbollah». Lembrando que a resolução obteve o consenso unânime do Conselho de Segurança da ONU, o Osservatore Romano expressa “sincera estima pelas diplomacias bilaterais e multilaterais”.
