Papa encontrou-se em audiência com membros da Sociedade das Missões Africanas, da Ordem Terceira de São Francisco e dos Servos do Paráclito

Cidade do Vaticano, 06 jun 2025 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje, no Vaticano, a Sociedade das Missões Africanas, a Ordem Terceira de São Francisco e a congregação dos Servos do Paráclito, que representam “três dimensões luminosas da beleza da Igreja”.
Leão XIV considera que os três institutos religiosos exprimem o “empenho na conversão, o entusiasmo pela missão e o calor da misericórdia”, tendo agradecido o trabalho que realizam pelo “mundo inteiro”, informa o discurso divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Na audiência, realizada durante esta manhã, no âmbito dos Capítulos Gerais dos institutos religiosos que, segundo o Papa são momentos importantes para a vida de cada um e “para a vida de toda a Igreja”, Leão XIV recordou os carismas que os marcam, assinalando que surgiram em momentos diferentes da história, respondendo a “várias necessidades específicas”.
“No entanto, estais unidos e sois complementares uns dos outros, dentro da beleza harmoniosa do corpo místico de Cristo”, assinalou.

Começando pela Ordem Terceira Regular de São Francisco, que remonta ao próprio Santo de Assis, Leão XIV destacou que os temas que vão ser abordados no 113º Capítulo Geral – vida comunitária, formação e vocações – “dizem respeito, de alguma forma, a toda a grande família de Deus”.
“Mas, como indica o título que destes ao vosso trabalho, é importante que os abordeis à luz do vosso carisma ‘penitencial’. Isto recorda-nos que, segundo as palavras do próprio São Francisco, só através de um constante caminho de conversão podemos oferecer aos nossos irmãos e irmãs ‘as palavras perfumadas de Nosso Senhor Jesus Cristo’”, referiu.
Dirigindo-se à Sociedade das Missões Africanas, mais recente que a anterior, fundada a 8 de dezembro de 1856 pelo venerável bispo Melchior de Marion Brésillac, Leão XIV disse que este instituto religioso “é um sinal daquele espírito missionário que está no coração da vida da Igreja”.
“A fidelidade à vossa missão, com a qual as vossas comunidades ultrapassaram ao longo do tempo inúmeras dificuldades internas e externas, permitiu-vos crescer e até tirar da adversidade a inspiração para partir para novos horizontes apostólicos em África e noutras partes do mundo”, lembrou.

Por último, o Papa abordou os Servos do Paráclito, os quais o padre o padre Gerald Fitzgerald quis que fossem Servos do Espírito de cura quando, em 1942, iniciou esta obra de assistência aos sacerdotes em dificuldade, “Pro Christo sacerdote” (Por Cristo sacerdote”.
“Desde então, em várias partes do mundo, desempenhastes o vosso ministério de proximidade humilde, paciente, delicada e discreta para com os profundamente feridos, oferecendo-lhes percursos terapêuticos que combinam uma vida espiritual simples e intensa – pessoal e comunitária – com uma assistência profissional altamente qualificada e adaptada às suas necessidades”, contextualizou.
De acordo com Leão XIV, a presença dos Servos do Paráclito recorda “também uma coisa importante”: “embora todos nós sejamos chamados a ser ministros de Cristo, médico das almas, para os nossos irmãos, nós mesmos somos frágeis e necessitados de cura”.
LJ/OC