Papa encerrou 26.º Congresso Mariológico Mariano Internacional, com referências ao Jubileu e à sinodalidade

Cidade do Vaticano, 06 set 2025 (Ecclesia) – O Papa encerrou hoje, no Vaticano, o 26.º Congresso Mariológico Mariano Internacional, ligando a devoção à Virgem Maria e o compromisso social das comunidades católicas.
“Uma piedade e uma prática marianas orientadas para o serviço da esperança e da consolação libertam do fatalismo, da superficialidade e do fundamentalismo; levam a sério todas as realidades humanas, a começar pelos últimos e pelos descartados; contribuem para dar voz e dignidade àqueles que são sacrificados nos altares dos ídolos antigos e novos”, disse Leão XIV, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.
Os quatro dias de trabalhos do 26.º Congresso Mariológico Mariano Internacional reuniram 600 especialistas de vários países.
No Auditório Paulo VI, que acolheu as sessões da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2023 e 2024, o Papa apresentou a Virgem Maria como uma “mulher sinodal”.
“Ela está plena e maternalmente envolvida na ação do Espírito Santo, que chama a caminhar juntos, como irmãos e irmãs, aqueles que antes acreditavam ter motivos para permanecer separados na sua mútua desconfiança e até mesmo inimizade”, precisou.
Maria, disse ainda Leão XVI, é a “cooperadora perfeita do Espírito Santo, não cessa de abrir portas, criar pontes, derrubar muros e ajudar a humanidade a viver em paz na harmonia das diversidades”.
Contemplar o mistério de Deus e da história com o olhar interior de Maria protege-nos das mistificações da propaganda, da ideologia e da informação doente, que nunca saberão trazer uma palavra desarmada e desarmante, e abre-nos à gratuidade divina, que só torna possível o caminhar conjunto das pessoas, dos povos e das culturas na paz.”
O Papa abordou o tem escolhido para este congresso de quatro dias, ‘Jubileu e Sinodalidade: uma Igreja com rosto e prática marianos’, apresentando a figura de Maria como modelo para todos os católicos.
“Uma Igreja com coração mariano guarda e compreende cada vez melhor a hierarquia das verdades da fé, integrando razão e afeto, corpo e alma, universal e local, pessoa e comunidade, humanidade e cosmos. É uma Igreja que não renuncia a fazer a si mesma, aos outros e a Deus perguntas incómodas e a percorrer os caminhos exigentes da fé e do amor”, sustentou.
No final, agradecendo pelo trabalho da Academia Pontifícia Mariana Internacional, Leão XIV sustentou que a Igreja precisa da mariologia, “nos centros académicos, nos santuários e nas comunidades paroquiais, nas associações e nos movimentos, nos institutos de vida consagrada”, bem como “nos locais onde se forjam as culturas contemporâneas, valorizando as inúmeras sugestões oferecidas pela arte, pela música e pela literatura”.
OC