Milhares de pessoas reuniram-se na Praça de São Pedro para celebração jubilar





Cidade do Vaticano, 09 out 2025 (Ecclesia) -O Papa presidiu hoje, no Vaticano, ao Jubileu da Vida Consagrada, que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro, sublinhando a importância do “despojamento” na espiritualidade cristã.
“A Igreja confia-vos a tarefa de ser, com o vosso despojamento de tudo, testemunhas vivas da primazia de Deus na vossa existência, ajudando do melhor modo possível também os irmãos e irmãs que encontrais a cultivar semelhante amizade”, disse Leão XIV, na homilia da celebração desta manhã.
A reflexão destacou que, para muitas pessoas, hoje a vida é feita de “momentos fugazes, de relações superficiais e intermitentes, de modas passageiras, tudo coisas que deixam no coração um vazio”.
“Para ser verdadeiramente feliz, o ser humano não precisa disso, mas de experiências de amor consistentes, duradouras, sólidas”, sustentou.
O primeiro pontífice da Ordem de Santo Agostinho, da qual foi responsável mundial, dirigiu-se a religiosos e religiosas, monges e contemplativas, membros de institutos seculares e do Ordem das Virgens, eremitas e membros de novos Institutos de várias partes do mundo, convidando-os a ser “sinal profético”.
Na Igreja Católica, a Vida Consagrada é constituída por homens e mulheres que se comprometeram, pública e oficialmente, a viver (individualmente ou em comunidade) os votos de pobreza, castidade e obediência para toda a vida.
“Para vós, para nós, o Senhor é tudo, sendo-o de várias maneiras: como Criador e fonte da existência, como amor que chama e interpela, como força que impulsiona e anima à doação”, referiu o Papa aos presentes.
Leão XIV destacou que, da “experiência autêntica de Deus brotam sempre generosos impulsos de caridade”, evocando a história dos fundadores e fundadoras dos vários institutos religiosos da Igreja Católica.
No final da Missa, o Papa percorreu a Praça de São Pedro em carro aberto, saudando a multidão.
O 27.º jubileu ordinário da história da Igreja decorre até 6 de janeiro de 2026.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
OC