Vaticano: Leão XIV assinou a sua primeira Exortação Apostólica

Documento, intitulado «Dilexi te» («Eu te amei»), é apresentado no dia 9 de outubro, no Vaticano

Foto: Vatican News

Cidade do Vaticano, 04 out 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV assinou a sua primeira Exortação Apostólica, intitulada ‘Dilexi te’, em português ‘Eu te amei’, este sábado, dia 4 de outubro, quando a Igreja Católica celebra a festa de São Francisco de Assis.

“Esta manhã, 4 de outubro de 2025, às 08h30, na Biblioteca privada do Palácio Apostólico, o Santo Padre assinou a Exortação Apostólica Dilexi te”, informa a Sala de Imprensa da Santa Sé, em comunicado.

Leão XIV assinou a sua primeira exortação apostólica, às 07h30 de Lisboa, este sábado, dia em que a Igreja Católica celebra a memória de São Francisco de Assis, na presença do Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, D. Edgar Peña Parra.

O novo documento do Papa, intitulado ‘Dilexi te’, ‘Eu te amei’ em português, de reflexão e orientações para as comunidades católicas, vai ser apresentado no dia 9 de outubro, na próxima quinta-feira, às 11h30 locais (menos uma hora em Lisboa), na Sala de Imprensa da Santa Sé.

O ‘Vatican News’, em língua alemã, assinala que o título em latim da primeira Exortação Apostólica de Leão XIV – ‘Dilexi te’ – parece referir-se “a uma citação do último livro da Bíblia, o Apocalipse de João”.

“Em termos de conteúdo, «Dilexi te» trata do amor pelos pobres”, acrescenta o portal de notícias do Vaticano.

As exortações apostólicas, são documentos Papais aos quais é atribuída uma importância especial, destinam-se principalmente às pessoas dentro da Igreja, ao contrário das encíclicas, o grau máximo das cartas pontifícias, tem um âmbito universal.

O Papa Leão XIV, o cardeal Robert Francis Prevost, foi eleito no dia 8 de maio (quinta-feira) deste ano de 2025, aos 69 anos de idade, após dois dias de Conclave, como sucessor de Francisco; é o primeiro pontífice norte-americano, foi missionário e bispo no Peru, e ainda superior geral da Ordem de Santo Agostinho.

CB

D. José Traquina
Foto: Agência ECCLESIA/PR

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, dos bispos de Portugal, assinalou que está “muito curioso por conhecer” da Exortação Apostólica, intitulada ‘Dilexi te’, o primeiro documento do Papa Leão XIV, “que tem a ver com os pobres, é muito curioso”.

“O testemunho da Igreja está no olhar a realidade humana, como o ‘Bom Samaritano’ que vai ao encontro das pessoas que precisam de apoio, e que devem ser olhadas com o mesmo olhar e o mesmo coração de Cristo. E o Papa é muito, digamos, diretivo no sentido de conjugar o coração de Cristo, tem que estar aqui presente nisto, e não é apenas num altar, é também num altar da vida das pessoas que sofrem, padecem, têm sonhos, têm esperança, e é preciso ajudar essas pessoas”, desenvolveu D. José Traquina, em declarações à Agência ECCLESIA, na manhã deste sábado.

O bispo de Santarém acrescentou que a Igreja tem “esta experiência, globalmente na vida das dioceses”, com os serviços que existem de “cuidado das pessoas pobres”, mas precisam “continuamente de reflexão, de valorização” dessa dimensão da Igreja, porque é sagrado cuidar das pessoas, “é algo que Jesus veio fazer e a Igreja tem que fazer”.

“E não está em causa se pertence ao meu grupo ou não pertence, são pessoas que precisam de apoio e a Igreja não pode ser indiferente. A indiferença que também existe em muitas circunstâncias neste mundo, não pode ser o método da Igreja. Temos de estar interessados no bem comum da sociedade em que vivemos e os pobres têm de ser contemplados”, destacou D. José Traquina, presidente da Comissão da Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa.

CB/PR

Notícia atualizada às 10h11 e às 12h38

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