Iniciativa da Santa Sé quer superar «indiferença» provocada pela globalização
Cidade do Vaticano, 15 nov 2014 (Ecclesia) – O Vaticano recebe entre hoje e amanhã um simpósio internacional sobre prostituição e tráfico de seres humanos, com a participação de mais de 100 jovens que nos seus países lutam contra estas realidades.
“A escravidão moderna é uma das consequências da globalização da indiferença”, disse D. Marcelo Sánchez Sorondo, secretário da Academia Pontifícia das Ciências, ao inaugurar os trabalhos do simpósio ‘Jovens contra a prostituição e o tráfico de pessoas: violência extrema contra o ser humano’.
A iniciativa é promovida pela Academia da Santa Sé em colaboração com as associações ‘Global freedom network’ e ‘Vinculos en red’, procurando “fortalecer o compromisso dos jovens na obra de sensibilização da opinião pública sobre a gravidade e as consequências do problema do tráfico de seres humanos”, adianta a Rádio Vaticano.
Estima-se que a nível global cerca de 21 milhões de homens, mulheres, crianças sejam enganados, vendidos, obrigados ou submetidos a condições de escravidão de várias formas e em diversos setores, como a agricultura, o serviço doméstico, a prostituição, a pornografia, o turismo sexual ou o tráfico de órgãos.
Segundo a emissora pontifícia, este encontro surgiu na sequência de uma intervenção do Papa Francisco na Catedral do Rio de Janeiro, na Jornada Mundial de Juventude em 2013, quando pediu aos jovens que “façam barulho”.
“Aqui no Rio os jovens farão barulho mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas ruas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, nos defendamos do que é comodidade de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos”, disse o Papa no Brasil.
CB/OC