João Delicado acompanhou celebração de início do pontificado de Francisco, o primeiro pontífice da Companhia de Jesus
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 19 mar 2013 (Ecclesia) – João Delicado, jesuíta português a viver em Roma, destacou hoje o facto de o primeiro Papa da sua congregação religiosa ser um “homem de fora” que pode mudar a Igreja por ser alguém “aberto ao mundo”.
“Vem de fora da Cúria, pelo que tem distância crítica para arrumar a casa, e é de fora da Europa, e consegue dar uma visão muito mais universal da Igreja”, disse aos jornalistas, depois da missa de início do pontificado de Francisco, no Vaticano.
O religioso “em formação” prefere elogiar as dimensões humanas e espirituais do novo Papa, o primeiro da Companhia de Jesus na história da Igreja.
“O facto de [Francisco] ser jesuíta confesso que não me acrescentou muito, dadas as qualidades que ele trazia como mais-valias para a Igreja”, observa.
João Delicado admite, no entanto, que a formação jesuíta dá ao novo Papa “um coração, a estrutura de pensamento”.
“Há uma série de qualidades que eu acho únicas, com que vai beneficiar muito a Igreja”, refere o estudante na Universidade Gregoriana.
O jovem jesuíta recorda que o Papa “vem de uma família de emigrantes e é um homem que já nas entranhas vive a ligação entre culturas”.
“É um homem que está preocupado com o despojamento, a simplicidade, com os que normalmente são esquecidos”, assinala João Delicado, para quem este “vai ser um pontificado com cores mais fortes”.
Entre 150 e 200 mil pessoas acompanharam a cerimónia de início solene do pontificado do Papa Francisco, segundo uma estimativa do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
OC