Papa polaco foi eleito há 35 anos
Cidade do Vaticano, 16 out 2013 (Ecclesia) – O cardeal português D. Manuel Monteiro de Castro considera que o Papa João Paulo II, que foi eleito há 35 anos, foi a “personalidade mais relevante” do século XXI, a nível mundial.
“João Paulo II é a personalidade mais relevante no decorrer do século XX: levou a palavra de Deus, palavra de fraternidade, de amor, de tranquilidade, de serenidade e bem-estar a todos os continentes”, refere o antigo diplomata da Santa Sé, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa a 16 de outubro de 1978, assumindo o nome de João Paulo II, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; realizou 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal, em 1982, 1991 e 2000.
D. Manuel Monteiro de Castro teve oportunidade de receber o Papa polaco na sua primeira visita ao México e acompanhou-a ainda nas viagens às Caraíbas, a San Salvador, Espanha e Portugal.
Falando numa pessoa “inesquecível”, o penitenciário-mor emérito da Santa Sé destaca a “vigorosa ação” desenvolvida por João Paulo II “na Igreja e também no mundo político e diplomático”.
O cardeal português sublinha, em particular, as “104 viagens por todo o mundo, que tiveram a participação de enormes multidões, e a criação das Jornadas Mundiais da Juventude, que ainda hoje têm um grande sucesso”, bem como a “grande devoção” a Fátima.
O Papa polaco foi beatificado por Bento XVI, seu sucessor, a 1 de maio de 2011 e vai ser canonizado a 27 de abril de 2014, por decisão de Francisco.
A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II a 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.
Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”.
Karol Wojtyla foi escolhido como sucessor de João Paulo I, falecido após 33 dias de pontificado, e apresentou-se à multidão reunida na Praça de São Pedro como um Papa vindo “dum País distante, distante mas sempre tão próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã”.
“Não sei se posso explicar-me bem na vossa… nossa língua italiana. Se errar, vós corrigir-me-eis. E assim me apresento a vós todos, para confessar a nossa fé comum, a nossa esperança, a nossa confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, e também para começar de novo a percorrer um caminho da história e da Igreja, com a ajuda de Deus e coro a ajuda dos homens”, disse, na sua primeira intervenção, pouco depois do anúncio oficial ‘Habemus Papam’.
OC