Vaticano: Inteligência Artificial «nunca poderá substituir o médico», diz Leão XIV

Papa evocou exemplo de futuro santo venezuelano, José Gregorio Hernández, pela sua dedicação aos doentes mais pobres

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 02 out 2025 (Ecclesia) – O Papa sublinhou hoje, no Vaticano, a importância da relação entre médicos e pacientes, perante os avanços da inteligência artificial.

“Convido-os a aprofundar a importância da relação médico-paciente, uma relação entre duas pessoas, com os seus corpos e a sua interioridade, com a sua história. Esta convicção também nos ajuda a esclarecer o lugar da inteligência artificial na medicina: ela pode e deve ser uma grande ajuda para melhorar a assistência clínica, mas nunca poderá substituir o médico”, disse, em audiência aos membros da Confederação Médica Latino-Ibero-Americana e do Caribe (CONFEMEL).

Leão XIV citou Bento XVI para referir que os médicos são “reservas de amor, que levam serenidade e esperança aos que sofrem”.

“O algoritmo nunca poderá substituir um gesto de proximidade ou uma palavra de consolo”, insistiu.

O discurso evocou a figura do venezuelano José Gregorio Hernández (1864-1919), “o médico dos pobres”, que vai ser canonizado no próximo dia 19 de outubro, no Vaticano.

“Considero-o um bom exemplo para vocês, pois soube conciliar a sua elevada competência médica com a sua dedicação aos mais necessitados”, referiu o Papa.

Leão XIV falou ainda da celebração litúrgica dos Santos Anjos da Guarda, neste dia 2 de outubro.

“Esta memória pode ajudar-nos a refletir sobre a relação médico-paciente, que se baseia no contacto pessoal e no cuidado da saúde, assim como os anjos que cuidam e nos protegem no caminho da vida”, observou.

OC

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