Vaticano II: Uma das mais gloriosas realizações da Igreja

Nos tempos “conturbados e cheios de apreensão que desorientam a humanidade contemporânea”, D. Domingos d´Apresentação Fernandes escreveu uma exortação pastoral sobre a realização do II Concílio do Vaticano onde refere que a Igreja se prepara, “com serenidade e confiança”, para um “dos maiores acontecimentos” da sua existência duas vezes milenária.

Nos tempos “conturbados e cheios de apreensão que desorientam a humanidade contemporânea”, D. Domingos d´Apresentação Fernandes escreveu uma exortação pastoral sobre a realização do II Concílio do Vaticano onde refere que a Igreja se prepara, “com serenidade e confiança”, para um “dos maiores acontecimentos” da sua existência duas vezes milenária. (Cf. D. Domingos D´Apresentação Fernandes; «Como Bom Soldado de Cristo»; Recolha de textos feita por Mons. João Gonçalves Gaspar (1952-1962); Aveiro 1994).

No documento – assinado a 13 de janeiro de 1962 – o prelado de Aveiro, faleceu alguns dias depois, realça que “não é lícito permitir que os fiéis permaneçam no desconhecimento do que constitui uma das mais gloriosas e esperançosas realizações da Igreja Católica e, em consequência, deixem de empregar os seus melhores esforços para o enriquecimento da comunidade cristã pela oração e pelo aperfeiçoamento da vida espiritual”.

No dia de Natal do ano anterior, na Basílica de São Pedro (Vaticano), João XXIII leu a Bula «Humanae Salutis». Situando-se no momento histórico “verdadeiramente dramático para todo o mundo”, o Papa exprime a sua confiança na ação da Igreja em face dos “problemas angustiosos que se deparam por toda a parte”. (Cf. Obra citada)

Perante um mundo em estado “de grave indigência espiritual”, D. Domingos d´Apresentação Fernandes sublinha que a Igreja se apresenta plena de vitalidade, “renovada interiormente e socialmente fortalecida para todas as provações”.

No seu documento, o bispo de Aveiro exorta os sacerdotes da sua diocese a que votem todo o seu zelo, durante o ano de 1962, “a uma cruzada de oração, de sacrifícios e de boas obras, na qual devem empenhar-se todos os bons cristãos”. Para que se concretizem as diretivas da exortação pastoral, o prelado estabelece um programa: “Em cada paróquia da diocese de Aveiro seja recitada a oração pelo Concílio Ecuménico, sempre que se realize algum ato de piedade, seguido da bênção do Santíssimo Sacramento” e “procurem os párocos e capelães explicar aos fiéis a importância do Concílio Ecuménico para a vida da Santa Igreja, recomendando a leitura e comentário da encíclica «Ad Petri Cathedram» do Papa João XXIII” (Revista Lumen, vol. XXIII, Fasc. VIII, julho de 1959, págs. 562-580).

Ainda na linha programática, D. Domingos d´Apresentação Fernandes pede aos pastores para convidarem as “crianças das catequeses e dos organismos pré-juvenis a comungarem algumas vezes pelas intenções do Concílio”. Aos organismos da Acção Católica, o bispo de Aveiro exorta a que promovam algumas reuniões de estudo sobre “os problemas relacionados com a unidade da Igreja e estimulem os seus membros a darem testemunho vivo da sua fé cristã, quer na vida familiar, quer na vida profissional”.

Por fim, o prelado solicita que, “em todas as paróquias da diocese”, se realizem “atos de piedade durante o Oitavário pela Unidade da Igreja que decorre de 18 a 25 do corrente mês de janeiro”.

LFS 

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