Cidade do Vaticano, 20 fev 2014 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano revelou hoje aos jornalistas que o relatório inicial do consistório extraordinário sobre a família, convocado pelo Papa, apelou ao “realismo” e a uma abordagem positiva deste tema.
O padre Federico Lombardi abordou, em conferência de imprensa, a intervenção do cardeal Walter Kasper, presidente emérito, reservada aos cerca de 150 participantes e pronunciada após a saudação do Papa, que apelou a uma “pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor”.
O cardeal alemão falou durante cerca de duas horas, propondo “um ponto de partida positivo” para redescobrir e anunciar o Evangelho da família em toda a sua beleza”, como referiu o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O padre Federico Lombardi, que acompanhou a intervenção, diz que os cardeais e futuros cardeais presentes na reunião foram desafiados a “contribuir com as palavras e com atos para fazer com que as pessoas encontrem a felicidade na família, e desta forma possam dar às outras famílias o testemunho desta sua alegria”.
Isto não significa evitar situações “particulares e difíceis”, sobre as quais, segundo o cardeal Kasper, é necessário refletir.
Durante a intervenção houve uma secção dedicada ao “problema dos divorciados recasados”, a partir do “binómio inseparável da fidelidade às palavras de Jesus e da misericórdia, da compreensão da misericórdia de Deus, na vida das pessoas e, portanto, na ação pastoral da Igreja”.
Os trabalhos da reunião extraordinária continuam esta tarde e durante a sexta-feira, com a presença dos três cardeais portugueses, D. José Policarpo, D. José Saraiva Martins e D. Manuel Monteiro de Castro.
Os participantes enviaram a sua saudação ao arcebispo Loris Capovilla, de 96 anos, um dos 19 prelados que o Papa vai criar cardeais no sábado, que não participa neste consistório por motivos de saúde.
OC
