Vaticano: Igreja Católica tem novo santo jesuíta, Pedro Fabro

Papa decidiu alargar culto litúrgico de uma das suas figuras inspiradoras

Cidade do Vaticano, 18 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco decidiu estender a toda a Igreja Católica o culto litúrgico em honra a Pedro Fabro, através da chamada ‘canonização equipolente’, “inscrevendo-o no Catálogo dos Santos”, revelou o Vaticano.

A decisão foi comunicada pela Santa Sé após a audiência que o Papa concedeu ao prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, esta terça-feira.

São Pedro Fabro, sacerdote da Companhia de Jesus (jesuítas), nasceu em Le Villaret (Alta Saboia, França) a 13 de abril de 1506 e morreu em Roma, a 1 de agosto de 1546; Pio IX declarou-o beato a 5 de setembro de 1872.

O novo santo foi um dos primeiros companheiros de Santo Inácio, fundador dos jesuítas, com quem partilhou quarto quando os dois eram estudantes na Sorbonne (França).

O Papa Francisco revelou na sua entrevista às revistas dos jesuítas, publicada em setembro, que admira Pedro Fabro por causa da sua capacidade de “diálogo com todos, mesmo os mais afastados e os adversários; a piedade simples, talvez uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, o seu atento discernimento interior, o facto de ser um homem de grandes e fortes decisões e ao mesmo tempo capaz de ser assim doce, doce”.

O autor da entrevista, padre Antonio Spadaro, diretor da revista italiana ‘La Civiltà Cattolica’, disse à Rádio Vaticano que esta canonização “tem um grande significado, porque todos conhecem São Francisco Xavier, o segundo companheiro de Santo Inácio de Loiola, mas Pedro Fabro foi o primeiro”.

“Diria que sem Pedro Fabro a Companhia de Jesus não existiria. Portanto, é um momento muito particular e verdadeiramente importante para nós”, acrescenta o sacerdote jesuíta.

A ‘canonização equipolente’ é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV, através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.

OC

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