Vaticano: «Estamos a viver a terceira» guerra mundial, afirmou o Papa

Francisco lembrou início da Segunda Grande Guerra, no dia 1 de setembro, há 83 anos, na saudação ao peregrinos polacos

Cidade do Vaticano, 31 ago 2022 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje que se vive a “terceira” guerra mundial, lembrando o início da segunda com a invasão da Polónia, a 1 de setembro de 1939, e apelou à paz na Ucrânia e entendimentos no Iraque.

“Amanhã vocês lembrarão a eclosão da Segunda Guerra Mundial, que afetou tão dolorosamente a nação polaca. E hoje estamos a viver a terceira”, disse Francisco, na audiência geral desta quarta-feira, na saudação aos peregrinos de língua polaca.

O Papa, que até há alguns anos alertava que o mundo vivia “uma terceira guerra mundial em pedaços”, devido aos conflitos em várias regiões, desejou que “a memória das experiências passadas” estimule os polacos a cultivar a paz neles próprios, “nas famílias, na vida social e internacional”.

A Segunda Guerra Mundial começou no dia 1 de setembro de 1939, com a invasão da Polónia pelas tropas alemãs, fez quase 70 milhões de vítimas, e terminou a 2 de setembro de 1945.

“Rezamos de maneira especial pelo povo ucraniano. Que Maria vos apoie na escolha quotidiana do bem, da justiça e da solidariedade com os necessitados, gerando esperança, alegria e liberdade interior nos vossos corações”, desenvolveu o Papa.

Foto EPA/Lusa

No final deste encontro semanal, onde começou um ciclo de catequeses dedicadas ao tema do discernimento, Francisco disse também que acompanha “com preocupação os acontecimentos violentos em Bagdad”.

“Pedimos a Deus em oração que dê paz ao povo iraquiano. No ano passado tive a alegria de visitá-lo e senti de perto o grande desejo de normalidade e convivência pacífica entre as várias comunidades religiosas que o compõem”, acrescentou na 29ª audiência de 2022.

O Papa afirmou que “o diálogo e a fraternidade” são o principal caminho para “enfrentar as dificuldades e alcançar esse objetivo”.

Na saudação aos peregrinos de língua italiana, Francisco destacou a presença de fiéis de Rieti e Amatrice, explicando que “evoca o terremoto que atingiu Amatrice, Accumoli e Arquata del Tronto”, há seis anos”, a 24 de agosto de 2016.

“Ao recordar os defuntos em oração, renovo a minha sincera proximidade com os famíliares. Espero que continue a ajuda de instituições e pessoas de boa vontade para que a vida possa renascer nestes territórios”, concluiu.

Na audiência onde participaram cerca de seis mil pessoas, Francisco também incentivou ao “compromisso concreto para cuidar da Casa Comum”, pelo Dia Mundial de Oração pela Criação.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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