Vaticano: Fundadora das Servas de Nossa Senhora de Fátima a caminho da beatificação

Papa aprovou decreto de reconhecimento das virtudes heroicas de Luísa Andaluz

Cidade do Vaticano, 19 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa aprovou hoje um decreto que reconhece “as virtudes heroicas” da Serva de Deus Luísa Andaluz, fundadora da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima.

O documento, publicado pela sala de imprensa da Santa Sé, é um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.

A aprovação de um milagre é agora um ponto necessário para a proclamação de Luísa Andaluz como beata.

De nome completo Luísa Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo, Luísa Andaluz nasceu a 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz em Marvila (Santarém), no meio de uma família abastada.

Fruto de uma sólida educação católica, cedo nasceu na então jovem Luísa o desejo de dedicar a sua vida aos outros, através do apostolado e do ensino, do serviço aos mais carenciados.

Aos 16 anos tirou o diploma de professora primária e em 1923 abriu, numa casa que herdou dos seus pais, o Colégio Andaluz, instituição que hoje prossegue viva através do Politécnico de Santarém.

Fruto do seu desejo de consagração a Deus e aos outros, e da sua devoção a Nossa Senhora, fundou na mesma altura a congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, que foi oficialmente reconhecida em 1939.

Luísa Andaluz manteve-se como superiora da congregação até 1953, altura em que se retirou para Fátima e se dedicou ao acolhimento aos peregrinos no Santuário.

Os seus últimos anos foram passados em Lisboa, onde veio a falecer, aos 96 anos, a 20 de agosto de 1973.

Foi inicialmente sepultada no jazigo da família, no cemitério de Santarém, mas atualmente os seus restos mortais estão na cripta da capela do Palácio Andaluz, em Santarém.

Luísa Andaluz, cuja obra foi distinguida ainda em vida, por exemplo através da atribuição da medalha de ouro da cidade de Santarém, a 28 de abril de 1966, está representada em estátua em frente ao antigo complexo Andaluz.

No legado deixado através da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, que têm um papel ativo na diocese de Santarém e na sociedade em geral, destaca-se o apoio a crianças carenciadas através da Fundação Luiza Andaluz.

As Servas de Nossa Senhora de Fátima dedicam-se ao trabalho em centros paroquiais, jardins de infância, lares assistenciais e hospitais, escolas públicas e no Santuário de Fátima.

Esta congregação está atualmente presente em Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique.

Hoje o Papa Francisco aprovou ainda decretos de reconhecimento das virtudes heroicas de outros sete servos de Deus, entre os quais o cardeal Stefano Wyszy?ski (1901 – 1981), arcebispo Metropolita de Gniezno e Varsóvia, e Primaz da Polónia.

Destaque ainda para o reconhecimento do martírio do Servo de Deus Teodoro Del Olmo, um sacerdote que com mais 15 companheiros foi assassinado por ódio à fé durante a perseguição religiosa em Espanha, entre 1936 e 1937.

E de um milagre atribuído à intercessão da Serva de Deus Maria Rendilles Martinez (1903 – 1977), fundadora do Instituto das Servas de Jesus da Venezuela.

JCP

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Agência ECCLESIA

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