Vaticano: Francisco ultrapassa habituais categorias de análise de «conservador» ou «progressista»

Pontificado a está a colocar «desafios de compreensão»

Fátima, 04 out 2013 (Ecclesia) – O padre Antonio Spadaro, autor da entrevista ao Papa para as revistas dos jesuítas, disse hoje que Francisco fundamenta-se na “teologia do povo”, na “lógica da experiência” e não cabe “nas habituais categorias de análise”.

“Estamos habituados a usar categorias de progressista ou conversador, pró ou contra”, mas o Papa Francisco “não entra” nesses grupos, “não é conservador nem progressista”, disse o diretor da revista italiana Civiltà Cattolica.

“Temos categorias de análise que, na minha opinião, já não servem para qualificar o Papa Francisco” referiu o padre Spadaro em Fátima, nas Jornadas de Comunicação Social.

“Este pontificado está a colocar, também ao s jornalistas, desafios de compreensão para os quais não estamos preparados”, referiu.

Francisco “é uma pessoa que vive tudo na oração e na consulta”, pronuncia-se “não a partir da lógica do documento, mas dialoga a partir da sua experiência”, testemunha o padre Spadaro.

Questionado sobre as possíveis reformas em curso na Santa Sé, Antonio Spadaro afirmou que  “a dinâmica não é de um homem só, que pensa sobre o futuro da Igreja que tem nas suas mãos”.

O diretor da revista Civiltà Cattolica referiu que se vive em Roma um ambiente de “grande flexibilidade” não sendo possível prever o rumo das reformas na Igreja Católica.

“A perceção que se tem em Roma, neste momento, é de uma grande fluidez, não rigidez. Não se diz ‘deve fazer-se isso, não aquilo’. Há abertura. O processo está apenas no início”, afirmou.

“O Papa é muito corajoso”, referiu o padre Antonio Spadaro.

O padre Antonio Spadaro participou nas Jornadas de Comunicação Social, que hoje terminaram em Fátima, sobre o tema “comunicar no ambiente digital”.

PR

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top