Vaticano: Francisco sublinha poder de «atração» da Vida Religiosa

Papa desafia consagrados a evitar «terrorismo» da bisbilhotice

Cidade do Vaticano, 07 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco encontrou-se hoje no Vaticano com os membros da Conferência Italiana de Superiores Maiores, diante dos quais sublinhou o poder de “atração” da Vida Consagrada e condenou o “terrorismo” da bisbilhotice.

“A Vida Religiosa ajuda, ajuda principalmente a Igreja a realizar a atração que a faz crescer, porque diante do testemunho de um irmão e de uma irmã que vivem verdadeiramente a Vida Religiosa, as pessoas perguntam-se: o que se passa aqui?”, disse, num discurso improvisado.

O primeiro Papa jesuíta da história da Igreja falou da importância deste testemunho, que distingue o “discípulo missionário”.

“Nós, religiosos, somos chamados a dar um testemunho de profecia”, assinalou, que coincide com a “santidade”.

“A verdadeira profecia nunca é ideológica, não está em confronto com a instituição, é instituição. A profecia é institucional! A verdadeira profecia não é ideologia, não está na moda, mas é sempre um sinal de contradição segundo o Evangelho, como era Jesus”, disse ainda.

A intervenção sublinhou a importância da “vida fraterna”, alertando para o “terrorismo da bisbilhotice”.

“Se tens alguma coisa contra o irmão, di-lo cara a cara. Algumas vezes vão acabar ao soco, não há problema: é melhor isso do que o terrorismo da bisbilhotice”, insistiu.

A poucos dias do início do Ano da Vida Consagrada (29 de novembro), o Papa pediu aos religiosos “conversão”, “oração e adoração”, indo ao encontro do “povo santo de Deus que vive nas periferias da história”.

“Qualquer carisma, para viver e ser fecundo, é chamado a descentrar-se, para que no centro esteja apenas Jesus Cristo. Que o carisma não seja conservado como uma garrafa de água destilada, mas que seja feito frutificar com coragem, colocando-o em confronto com a realidade presente”, apelou.

A Vida Consagrada, observou Francisco, pode ajudar a Igreja a enfrentar a “cultura dominante” que é “individualista” e está centrada em “direitos subjetivos”.

“É possível viver juntos como irmãos na diversidade. Isto é importante”, realçou.

OC

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Agência ECCLESIA

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