Vaticano: Francisco quer Igreja a respirar «paz e alegria»

Papa distingue presença de Deus da preocupação pela eficácia da organização

Cidade do Vaticano, 30 set 2013 (Ecclesia) – O Papa disse hoje na Casa de Santa Marta que uma organização ou programação perfeitas não são sinal da presença de Deus na Igreja, mas sim a “paz”, a “alegria” e uma comunidade com “memória”.

“Eu percebo que os discípulos queriam eficácia, queriam que a Igreja caminhasse sem problemas e esta pode ser uma tentação para a Igreja: a Igreja do funcionalismo! A Igreja bem organizada! Tudo certinho, mas sem memória e sem promessa”, assinalou Francisco, na homilia da missa a que presidiu esta manhã.

“Esta Igreja assim não vai bem: será uma Igreja de luta pelo poder, será a Igreja dos ciúmes entre os batizados e tantas outras coisas que existem quando não há memória nem promessa”, acrescentou.

O Papa explicou que os discípulos “eram entusiastas, faziam programações” e discutiam entre si sobre quem seria o maior, mas Jesus “descentrou-lhes as ideias” revelando às crianças que os mais pequenos são os maiores.

Com referência à primeira leitura, do profeta Zacarias [Zc 8,1-8] que fala dos sinais da presença de Deus, Francisco acrescentou que os discípulos não compreendiam estes sinais uma vez que “os velhos e as crianças são o futuro de um povo” e “nem uns nem outros são descartáveis”.

“Jogo faz-nos pensar em alegria, é a alegria do Senhor. E estes anciãos, sentados com o seu cajado na mão, tranquilos, fazem-nos pensar na paz. Paz e alegria: este é o ar da Igreja”, assinalou o Papa Francisco.

RV/CB

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Agência ECCLESIA

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