Papa iniciou ano com reflexão sobre ligação entre Jesus, Maria e a Igreja
Cidade do Vaticano, 01 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco presidiu hoje no Vaticano à primeira Missa de 2015, no Dia Mundial da Paz, este ano centrado no tema «Já não escravos, mas irmãos», pedindo a união de todas as religiões contra a escravatura.
“Todos somos chamados a ser livres, todos chamados a ser filhos; e cada um chamado, segundo as próprias responsabilidades, a lutar contra as formas modernas de escravatura. Nós todos, de cada nação, cultura e religião, unamos as nossas forças”, apelou.
Na solenidade litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus, o Papa rezou pela paz e a liberdade em todo o mundo.
“Que esta Mãe doce e carinhosa nos obtenha a bênção do Senhor para toda a família humana! Hoje, Dia Mundial da Paz, invoquemos de modo especial a sua intercessão para que o Senhor dê paz a estes nossos dias: paz nos corações, paz nas famílias, paz entre as nações”, referiu, na homilia da celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.
A intervenção partiu da “relação estreitíssima” entre Cristo e Maria, porque, segundo o Papa, “não se pode compreender Jesus sem a sua Mãe”.
“Igualmente inseparáveis são Cristo e a Igreja, e não se pode compreender a salvação realizada por Jesus sem considerar a maternidade da Igreja”, acrescentou.
Francisco sublinhou que é a Igreja, a “grande família de Deus”, que traz Cristo a cada pessoa.
“A nossa fé não é uma doutrina abstrata nem uma filosofia, mas a relação vital e plena com uma pessoa: Jesus Cristo, o Filho unigénito de Deus que se fez homem, morreu e ressuscitou para nos salvar e que está vivo no meio de nós”, precisou.
O Papa falou da “maternidade” da Igreja que dá Jesus a todos “com alegria e generosidade”.
“Sem a Igreja, Jesus Cristo acaba por ficar reduzido a uma ideia, a uma moral, a um sentimento. Sem a Igreja, a nossa relação com Cristo ficaria à mercê da nossa imaginação, das nossas interpretações, dos nossos humores”, alertou.
No final da homilia, o Papa convidou os participantes na Missa a saudar em conjunto a Virgem Maria, evocando o Concílio de Éfeso (431), onde foi definida como “Santa Mãe de Deus”.
OC