Papa encontrou-se com agentes pastorais de 80 países
Cidade do Vaticano, 19 set 2014 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que a ação da Igreja Católica deve ser um sinal de esperança para milhões de pessoas que enfrentam a solidão e a pobreza, como um “hospital de campanha” para “tanta gente ferida”.
“Quantas pessoas, nas muitas periferias existenciais dos nossos dias, estão ‘cansadas e abatidas’ e esperam pela Igreja, esperam por nós. Como podemos chegar até elas, como partilhar a experiência de fé, o amor de Deus, o encontro com Jesus?”, questionou, perante agentes pastorais de 80 países que participaram num encontro promovido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (Santa Sé).
A iniciativa intitulada ‘O projeto pastoral da Evangelii gaudium’, nome da primeira exortação apostólica do atual pontificado, prolonga-se até este sábado.
Francisco apelou a uma atitude de “proximidade” face à “pobreza e solidão” que, “infelizmente”, se vê no mundo de hoje.
“Quantas pessoas vivem em grande sofrimento e pedem que a Igreja seja sinal da vizinhança, da bondade, da solidariedade e da misericórdia do Senhor”, acrescentou.
Francisco advertiu para a “tentação da autossuficiência e do clericalismo” perante as dificuldades que vão surgindo, como consequência do “medo”, porque isso impediria a Igreja de matar a “fome e sede de Deus”.
“Não recorramos à sirene que chama a fazer da pastoral uma série avulsa de iniciativas, sem conseguir colher o essencial do compromisso da evangelização”, acrescentou.
A intervenção concluiu-se com conselhos de “paciência e perseverança” na ação pastoral, com a consciência de que não existe uma “varinha mágica”.
OC