Papa diz que prostituição é uma «vergonha» para a sociedade
Cidade do Vaticano, 17 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco condenou hoje no Vaticano a exploração de crianças e mulheres de rua, em todo o mundo, e disse que a prostituição é uma “vergonha” para a sociedade.
“Esta realidade é uma vergonha das nossas sociedades, que se gabam de ser modernas de ter atingido altos níveis de cultura e desenvolvimento”, advertiu, num discurso aos 80 participantes no Simpósio Internacional sobre a Pastoral de Rua, promovido pelo Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.
Francisco afirmou ser “preocupante” o aumento do número de jovens e mulheres que são “forçadas a ganhar a vida na rua, vendendo o seu próprio corpo”, recordando que muitas são “exploradas por organizações criminosas e às vezes por parentes”.
“A corrupção generalizada e a procura do lucro a todo o custo privam os inocentes e os mais fracos da possibilidade de uma vida digna, alimentar a criminalidade do tráfico de pessoas”, denunciou.
O simpósio internacional que decorreu esta semana, no Vaticano, foi dedicado ao “fenómeno das crianças, mulheres e suas famílias”, procurando elaborar um plano de ação que responda ao “fenómeno” de quem vive nas ruas, nomeadamente “as crianças, as mulheres e as suas famílias”.
“Ninguém pode ficar indiferente perante a urgente necessidade de salvaguardar a dignidade da mulher, ameaçada por fatores culturais e económicos”, alertou o Papa.
Segundo Francisco, estas realidades são causadas pela “indiferença, a pobreza, a violência familiar e social” e pelo “tráfico de seres humanos”.
"As crianças e as mulheres da rua não são números, não são mercadoria para troca: são seres humanos com nome próprio, com um rosto, com uma identidade oferecida por Deus a cada uma delas", declarou.
OC