Papa convida católicos a refletir sobre papel de Jesus na sua vida
Cidade do Vaticano, 23 ago 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que as palavras de Jesus colocam os crentes “em crise diante do espírito do mundo e da mundanidade”, respondendo à “fome de infinito”.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus, o pontífice argentino apresentou uma reflexão sobre o discurso do ‘Pão da vida’, pronunciado por Jesus logo após o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
Ao entusiasmo do milagre seguiu-se a deceção do povo, face a um discurso “duro” que rejeitava a imagem de um Messias “vencedor”.
“Na verdade, eles entenderam bem o discurso de Jesus. Tão bem que não querem ouvi-lo, porque é um discurso que põe em crise a sua mentalidade. As palavras de Jesus colocam-nos sempre em crise; em crise, por exemplo, diante do mundo, da mundanidade”, precisou.
Segundo Francisco, a verdadeira causa da incompreensão das palavras de Jesus é a falta de fé, recordando que “muitos dos seus discípulos voltaram para trás”.
Os discípulos que ficaram foram questionados pelo próprio Cristo e foi São Pedro a fazer a confissão de fé em nome dos outros apóstolos: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”.
Ele não diz “onde iremos?”, mas “a quem iremos?”, precisou o Papa.
“Tudo o que temos no mundo não satisfaz a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com Ele, de nos alimentarmos à sua mesa, das suas palavras de vida eterna! Crer em Jesus significa fazer dele o centro, o sentido da nossa vida”, sustentou o Papa.
Francisco desafiou os presentes na Praça de São Pedro a refletir sobre um conjunto de questões: “Quem é Jesus para mim? É um nome? Uma ideia? É apenas uma figura histórica? Ou é realmente aquela pessoa que me ama, que deu sua vida por mim e caminha comigo”.
Neste contexto, insistiu na necessidade de ler uma passagem do Evangelho todos os dias, trazendo uma edição do Novo Testamento no bolso para ler “em qualquer lugar”.
Depois, o Papa pediu que todos fizessem um momento de silêncio e cada um em silêncio, no seu coração, se perguntasse: "Quem é Jesus para mim?".
OC