Papa recordou beatificação do sul-africano Samuel Benedict Daswa
Cidade do Vaticano, 13 set 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano os “mártires” contemporâneos, no dia em que foi beatificado na África do Sul o leigo Samuel Benedict Daswa, assassinado em 1990.
“O seu testemunho une-se ao de tantos irmãos e irmãs nossos, jovens, idosos, rapazes, crianças, perseguidos, expulsos, mortos por confessar Jesus Cristo”, disse Francisco, após a recitação da oração do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
“A todos os estes mártires, a Samuel Benedict Daswa, agradeçamos o seu testemunho e peçamos-lhes que intercedam por nós”, acrescentou.
O novo beato morreu às mãos de um grupo de homens que o agrediu por se recusar a obedecer às decisões dos anciãos da aldeia, os quais exigiam o pagamento de uma “taxa” para travar a alegada feitiçaria que estaria na origem de uma série de desastres naturais.
O Papa destacou que o beato sul-africano mostrou sempre “grande coerência, assumindo corajosamente atitudes cristãs e recusando tradições mundanas e pagãs”.
“Que o seu testemunho ajude em especial as famílias a difundir a caridade e a verdade de Cristo”, desejou.
A tradicional catequese dominical tinha recordado aos presentes a necessidade de “tomar a própria cruz” para acompanhar o caminho “incómodo” de Jesus, que não passa “pelo sucesso ou a glória passageira”.
“Trata-se de recusar nitidamente a mentalidade mundana que coloca no centro da existência o próprio eu e os próprios interesses. Não é isso que Jesus quer de nós”, prosseguiu.
No final do encontro de oração, o Papa saudou um grupo de professores da Sardenha, em situação de precariedade laboral, e deixou votos de que “os problemas do mundo do trabalho sejam enfrentados tendo em conta, de forma concreta, a família e às suas exigências”.
OC