Membros da Secretaria e Conselho para a Economia sujeitos a regras de sigilo e transparência
Cidade do Vaticano, 03 mar 2015 (Ecclesia) – A Santa Sé publicou hoje os primeiros estatutos da Secretaria e do Conselho para a Economia, estruturas criadas por Francisco em 2014 e que o Papa determina que atuem com critérios de “prudência e eficiência”.
Os documentos sublinham a importância de promover consultas “adequadas, rápidas e transparentes” a todos os organismos da Cúria Romana, estrutura central do governo da Igreja Católica, e do Estado da Cidade do Vaticano.
O Papa exige que os recursos humanos, financeiros e materiais “sejam atribuídos de forma racional e geridos com prudência e eficiência”.
A Secretaria para a Economia tem como prefeito o cardeal australiano George Pell e o Conselho para a Economia tem como coordenador o cardeal alemão Reinhard Marx, arcebispo de Munique, que dirige um grupo com mais sete cardeais, para refletir a universalidade da Igreja, e sete peritos leigos de várias nacionalidades.
Francisco adverte que todos os documentos analisados por estas estruturas tenham garantias de “segurança” e “confidencialidade” e recorda a obrigação de manter segredo profissional.
A Secretaria para a Economia é dividida em duas secções, uma para o “controlo e vigilância” e outra administrativa.
Quanto ao Conselho para a Economia, deve reunir-se ordinariamente quatro vezes por ano, além de eventuais reuniões extraordinárias, e os seus membros apenas podem acumular dois mandatos consecutivos.
Este conselho para a Economia vai trabalhar diretamente com o cardeal George Pell, arcebispo de Sidney (Austrália), coadjuvado por um secretário-geral, D. Alfred Xuereb, prelado maltês que foi o primeiro secretário particular do Papa Francisco.
O «ministério» das Finanças criado a 24 de fevereiro de 2014 efetua o “controlo económico e a vigilância” sobre “as estruturas e as atividades administrativas e financeiras dos Dicastérios da Cúria Romana, das Instituições ligadas à Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”.
A nova Secretaria, que responde diretamente ao Papa, assume a responsabilidade de preparar o orçamento anual para a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano, bem como a “planificação financeira” dos mesmos.
Francisco apresenta ainda o novo enquadramento geral da figura do “revisor geral”, com a responsabilidade de controlar os orçamentos e balanços dos diversos departamentos do Vaticano.
Os estatutos entraram oficialmente em vigor este domingo.
OC