Guerra e violência devem ser «interpelação para o coração, para a inteligência e para a fé»
Cidade do Vaticano, 05 set 2013 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para a Família (CPF) escreveu uma mensagem às famílias de todo o mundo no âmbito da vigília pela paz convocada pelo Papa para o próximo sábado.
De acordo com a agência Zenit, D. Vicenzo Paglia realça que “o convite de Francisco a uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria e em todas as nações afetadas pela tragédia da guerra deve ser aceite com muita seriedade e compromisso por parte de todas as comunidades”.
“Queridos pais, não tenham medo de propor aos filhos um almoço austero e mínimo; será uma oportunidade para explicar o que está a acontecer no mundo e como esses factos terríveis não podem deixar ninguém indiferente”, propõe o arcebispo.
O responsável católico sustenta que as “imagens e constantes notícias trágicas” que chegam do Médio Oriente e de outros territórios atingidos pela guerra e pela violência são uma “interpelação para o coração, para a inteligência e para a fé”.
Nesse âmbito, o presidente do CPF desafia as famílias a associarem-se ao convite do Papa, a rezarem e a jejuarem “mesmo que seja em casa”.
No próximo sábado, entre as 19h00 e as 24h00 (menos uma em Lisboa), o Papa vai estar na Praça de São Pedro, no Vaticano, “para invocar o Senhor e pedir o fim de todo o tipo de violência no mundo”.
Francisco convocou para esta jornada cristãos, não cristãos “e todos os homens de boa vontade”.
“Juntos à mesa, rezem! Pelas famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias por causa da fome e do ódio, pelos governantes chamados a encontrar soluções para a paz e para a não-violência”, exorta D. Vicenzo Paglia.
A recitação de um salmo, a leitura de uma passagem do evangelho, a oração do terço, o cântico litúrgico, são algumas das propostas deixadas pelo prelado, no sentido de cada família “interceder” pela paz no mundo.
Aos pais, o prelado pede ainda que “no meio da dureza das notícias” que vão surgindo, eles “nunca se esqueçam de comunicar aos filhos a esperança da paz oferecida por Jesus ressuscitado, que reconciliou o mundo não através de gestos violentos e vingativos, mas através do dom de si mesmo”.
Entre 26 e 27 de outubro, o Conselho Pontifício para a Família vai promover uma peregrinação mundial a Roma, integrada no Ano da Fé que a Igreja Católica está a celebrar.
Esta atividade deverá contar com a participação de mais de 150 mil pessoas, adianta a Zenit.
JCP