O prefeito da Biblioteca Apostólica do Vaticano, D. Raffaele Farina, explicou hoje as obras que terão lugar neste espaço, que vai encerrar as portas a partir do próximo dia 14 de Julho, durante três anos para que sejam efectuados trabalhos de restauro “inadiáveis”. Em declarações à Rádio Vaticano, este responsável assinala que a decisão foi “amadurecida depois de uma reflexão de três, quatro anos”, por força da necessidade de restaurar alguns edifícios e rever a acomodação do pessoal que trabalha na Biblioteca. As obras permitirão, segundo D. Farina, “uma preservação mas consentânea com as últimas tecnologias e com os nossos tesouros”. Haverá “grandes trabalhos” no complexo, que exigem o encerramento da Biblioteca: reforço de pavimentos e estruturas, junto da sala de consulta dos manuscritos e dos laboratórios de restauro e fotográfico. As obras estendem-se ao local onde estão depositadas as publicações periódicas. D. Raffaele Farina adiantou também que será restaurado o chamado Medalheiro, do Gabinete de Numismática. A Biblioteca Apostólica Vaticana, a mais antiga da Europa e uma das mais importantes do mundo, é famosa pelos seus manuscritos antigos. A sua fundação oficial data de 1450, sob o pontificado de Nicolau V. A biblioteca conserva 1,6 milhões livros antigos e modernos, 8330 incunábulos(livros impressos nos primórdios da imprensa, por volta do século XV), entre os quais várias dezenas de pergaminhos, mais de 150 mil manuscritos e documentos de arquivos, assim como 100 mil documentos impressos, 300 mil moedas e medalhas e 20 mil objectos de arte.