Vaticano: «Exclusão é a raiz de todas as guerras», diz o Papa

Francisco pede que católicos tenham «coração aberto»

Cidade do Vaticano, 05 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que o caminho da exclusão “não é cristão” e pediu que a Igreja tenha “coração aberto”, sem “fechar as portas” a ninguém.

“Existem dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras que começam com uma exclusão”, alertou Francisco, na homilia da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.

O Papa explicou que a “atitude” de Jesus é incluir, um “caminho que mostra e ensina”.

“Os excluídos, todos os que estavam fora. Os fariseus e os escribas murmuravam”, observou, dando como exemplo que se “exclui da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos”.

Na Eucaristia matinal, Francisco constatou que “não é fácil incluir as pessoas” porque existe resistência, uma “atitude seletiva”, e destacou a “alegria” nas duas parábolas que Jesus contou sobre o pastor e a mulher que encontraram, respetivamente, a ovelha e a moeda perdidas.

“Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão até os amigos, os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas e constrói um pequeno círculos de amigos que é o seu ambiente” desenvolveu.

“Nós, com as nossas fraquezas, com os nossos pecados, com s nossas invejas e ciúmes, temos sempre esta atitude de excluir que – como disse – pode terminar em guerra”, alertou Francisco, frisando que “Deus incluiu todos na salvação”.

Neste contexto, o Papa apelou a que cada um pense e “pelo menos, faça o mínimo, não julgue” mas inclua o outro no seu coração, oração, “saudação, sorriso” e, “quando tiver ocasião”, diga uma “palavra bonita”.

“Não excluir jamais, não temos esse direito”, frisou.

A partir da primeira leitura, da Carta de São Paulo aos Romanos (14, 7-12), o Papa continuou com o apelo à inclusão e a “não desprezar o irmão” porque “ser seletivo não é cristão”.

CB/OC

 

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