Iniciativa reúne vencedores do Nobel, artistas e desportistas
Cidade do Vaticano, 11 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa recebe hoje os participantes II Encontro Mundial sobre a fraternidade humana, dedicado ao tema “Ser Humano” (Be Human), que reúnde desde sexta-feira, no Vaticano, vencedores do Nobel, artistas e desportistas.
Os membros das mesas, os oradores principais e os delegados que se deslocaram a Roma encontram-se em audiência com Francisco.
Ainda esta tarde, o Papa vai participar pessoalmente na mesa de reflexão ‘Crianças: geração futura’, como forma de preparação para a I Jornada Mundial das Crianças, que vai decorrer em Roma, entre 25 e 26 de maio.
Refletindo sobre a “fraternidade”, as mesas debatem “propostas concretas para começar a mudar a história, estimular as reformas que faltam, compreender onde o princípio da fraternidade já está presente na vida social e discernir os parâmetros necessários para o medir”.
Entre os convidados deste encontro mundial esté Graça Machel, antiga primeira-dama de Moçambique e da África do Sul.
“Este ano reunimo-nos para viver uma experiência sapiencial de fraternidade, que pode favorecer o nascimento do que gostaríamos que fosse um movimento próprio, um movimento para reafirmar o claro não à guerra, sim à paz”, disse o cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro, na conferência de imprensa que apresentou o evento, esta manhã.
O colaborador do Papa sublinhou a importância de promover “um paradigma inclusivo, um paradigma capaz de valorizar as diferenças”.
Os participantes, acrescentou, querem “chamar a atenção do mundo para essas dinâmicas, essas atitudes, essas sensibilidades e essas inteligências que falam do humano num mundo que nos parece estar a dissolver-se”.
O cardeal Mauro Gambetti apontou o dedo a um sistema “marcado pelo capitalismo financeiro” e pela técnica, que levou à “perda da consciência crítica, da liberdade”.
Em 2023, o encontro no Vaticano resultou num ‘Apelo à Fraternidade Humana’, lido por Nadia Murad e Muhammad Yunus, vencedores do Prémio Nobel, apelando ao fim das armas nucleares e das minas antipessoais.
OC