D. João Braz de Aviz comenta iniciativa onde esperam mais de quatro mil consagrados
Cidade do Vaticano, 28 jan 2016 (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica explica que o final do Ano da Vida Consagrada vai “acentuar” a unidade dos vários “carismas”.
“Os carismas são muito mais na Igreja, há muitos a nascer, nesse encontro nacional temos a necessidade de acentuar sobretudo a unidade desses carismas. É o mesmo espírito que fala na Igreja com tantas sensibilidades diferentes que a tornam mãe muito fecunda e presente em todo o mundo”, assinala D. João Braz de Aviz, sobre o evento de encerramento do Ano da Vida Consagrada, que começa hoje no Vaticano.
Neste contexto, o prelado brasileiro explicou à Rádio Vaticano que, através do espírito, estão a nascer “formas concretas de estruturas, instituições” que ajudam as conferências de religiosos, os conselhos, as comissões mistas entre bispos e consagrados, a união dos superiores gerais.
“Tudo indica que podemos fazer muito em comunhão e é desse profundo entendimento dos carismas que poderá renascer toda uma formação no testemunho e levar a missão que depende da força comum de colocar à disposição de todos o que possuímos”, desenvolveu o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
‘Vida consagrada em comunhão. O fundamento comum na diversidade das formas’, é o tema do encontro que vai reunir mais de quatro mil consagrados e religiosos em Roma entre hoje e 2 de fevereiro.
Segundo o responsável, são esperadas em Roma, representantes da Ordem das Virgens, que são “nove mil no mundo e tende a crescer”; institutos seculares, “que também estão numa fase de crescimento”, forma de consagração dentro do mundo às vezes comunitárias, ordens monásticas de vida contemplativa e pastoral masculinas, e monjas de clausura, bem como institutos de vida ativa.
“Todos vão ter oportunidade de um momento em comum, no primeiro dia e no encontro final, e dois dias para cuidar diretamente do próprio carisma”, revela D. João Braz de Aviz sobre o programa.
O último dia, 2 de fevereiro, começa com a peregrinação jubilar de manhã e à tarde o Papa preside à Eucaristia pela XX Jornada Mundial da Vida Consagrada.
O prelado revelou que Francisco “já pediu” que depois os consagrados “entrem no movimento de estabelecer, aprofundar e viver a misericórdia de Deus”, no contexto do Jubileu: “Ser rosto da misericórdia do Pai, testemunhas e construtores de uma fraternidade autenticamente vivida.”
O programa prevê um encontro de todos os consagrados na Sala Paulo VI, no Vaticano e nos dias 30 e 31, em cinco lugares diferentes de Roma, cada forma de vida consagrada vai encontrar-se para aprofundar aspetos específicos da própria vocação.
No dia 1 de fevereiro, os consagrados e religiosos reúnem-se novamente e têm uma audiência com o Papa Francisco, na Sala Paulo VI, onde monsenhor Marco Frisina vai dirigir o Oratório ‘Nas pegadas da Beleza’.
O Ano da Vida Consagrada convocado pelo Papa Francisco, que pertence à Companhia de Jesus, começou a 29 de novembro de 2014, com o tema ‘A Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia, Esperança’ e teve três objetivos: “Fazer memória agradecida do passado; abraçar o futuro com esperança e viver o presente com paixão.”
RV/CB