Vaticano: «É preciso negociar», refere o Papa, após novo apelo de paz para a Ucrânia

Francisco reza para que responsáveis políticos evitem novos confrontos, evocando ainda situações na Democrática do Congo, Palestina e Israel

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 23 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje o seu apelo a negociações de paz, numa nova mensagem pelo fim do conflito na “martirizada” Ucrânia, evocando ainda a guerra na República Democrática do Congo (RDC), Palestina e Israel.

“É preciso negociar”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

Francisco convidou os peregrinos presentes na Praça de São Pedro a “rezar pela paz, especialmente na Ucrânia, Palestina, Israel”.

“Que o Espírito Santo ilumine a mente dos governantes, infundindo neles sabedoria e sentido de responsabilidade, para evitar qualquer ação e palavra que alimente o confronto”, pediu.

O Papa destacou a presença de uma bandeira de Israel, na Praça de São Pedro.

“É um apelo à paz, rezemos pela paz na Palestina, Gaza, no norte do Congo [RDC]. Rezemos pela paz, a paz na martirizada Ucrânia, que sofre tanto”, insistiu.

Francisco desejou que os responsáveis políticos tenham determinação para encontrar “uma solução pacífica dos conflitos”.

Este sábado, o Papa recebeu em audiência privada, no Vaticano, o embaixador da Rússia, Ivan Soltanovsky.

O encontro foi anunciado no boletim diário da sala de imprensa da Santa Sé, sem mais detalhes sobre o seu conteúdo.

Ainda no sábado, o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana e enviado de Francisco para a missão de paz na Ucrânia, alertou para o risco de limitar a solução dos conflitos a uma “lógica militar” e de “rearmamento”.

“Quando a Europa investe ou pensa que esse é o único caminho, temos de nos preocupar ainda mais”, referiu o responsável católico, numa intervenção divulgada pelo portal ‘Vatican News’.

O cardeal italiano defendeu uma aposta na “negociação” para procurar “resolver os conflitos em conjunto, encontrando instrumentos supranacionais”.

OC

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Agência ECCLESIA

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