Consultas foram alargadas, após levantamento dos prazos de prescrição, pelo Papa
Cidade do Vaticano, 21 fev 2024 (Ecclesia) – A sala de imprensa do Vaticano informou hoje que o Dicastério para a Doutrina da Fé está a prosseguir as investigações relativamente ao padre Marko Rupnik, ex-jesuíta, acusado de abuso psicológico e sexual por religiosas.
“As instituições envolvidas foram contactadas e a busca foi ampliada a outras realidades”, indica o portal de notícias ‘Vatican News’.
“Depois de ter ampliado o campo de busca para realidades não contactadas anteriormente e de ter acabado de receber os últimos elementos daí resultantes, trata-se agora de estudar a documentação adquirida para poder definir que procedimentos serão possíveis e úteis de serem implementados”, acrescenta o comunicado.
A 27 de outubro de 2023, o Papa decidiu levantar os prazos de prescrição em denúncias de abusos contra o padre Rupnik, artista plástico.
A decisão foi tomada depois de a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores informar Francisco sobre “graves problemas” na forma como se geriu o caso do sacerdote, lamentando a “falta de proximidade com as vítimas”.
“O Papa está firmemente convencido de que, se a Igreja tem de aprender alguma coisa com o Sínodo, é a escutar com atenção e compaixão aqueles que sofrem, especialmente quem se sente marginalizado pela Igreja”, pode ler-se.
Em junho do último ano, a Companhia de Jesus informou que o padre Marko Ivan Rupnik tinha sido demitido devido à “recusa obstinada” em “observar o voto de obediência”.
O teólogo jesuíta e artista plástico de origem eslovena é acusado de abusos psicológicos e sexuais por nove religiosas, em casos que remontam à década de 1990 na Comunidade Loyola de Ljubljana.
Esta manhã, duas ex-consagradas da comunidade, Gloria Branciani e Mirjam Kovac, relataram em conferência de imprensa “abusos físicos, psicológicos e sexuais” que sofreram pessoalmente ou dos quais tomaram conhecimento, por parte daquele do padre Rupnik.
OC