Vaticano: Documentário «O exército mais pequeno do mundo» no Festival de Cinema de Veneza

Cidade do Vaticano, 11 set 2015 (Ecclesia) – A Santa Sé esteve representada no Festival Internacional de Cinema de Veneza com a apresentação do documentário “O exército mais pequeno do mundo” sobre a Guarda Suíça, produzido pelo Centro Televisivo do Vaticano.

“Não é um filme de celebração mas um olhar à altura do homem. É a vida de alojamento, o refeitório, os passeios por Roma. O entusiasmo de poder correr dentro dos jardins do Vaticano, ao contrário de conversar sobre a emoção de fazer a guarda do Papa durante a noite e a cinco metros do seu quarto”, explicou o realizador italiano Gianfranco Pannone.

O documentário revela o dia-a-dia dos recrutas, desde a saudação à família, o voo até Roma, a chegada à Porta Sant’Ana, a entrada na Cidade do Vaticano, a formação, a dimensão da fé e a responsabilidade do serviço à Igreja e a missão de proteger o Papa.

”Encontrei grande abertura na Guarda Suíça, fiquei surpreso porque talvez tinha algum preconceito. Acredito, no entanto, que essa impressão diversa e positiva seja fortemente influenciada pela presença do Papa Francisco que é  uma figura que aparece sempre de fundo mas é importantíssima”, disse Gianfranco Pannone.

À Rádio Vaticano, o realizador italiano explicou que o Papa também “definirá a solução de algumas dúvidas” de um dos protagonistas, René, um guarda suíço que está a formar-se em Teologia e “tem algumas dúvidas sobre o seu papel de soldado que veste uma roupa com mais de 500 anos”.

“Acredito que esta experiência de poder prestar um serviço próximo do Papa Francisco me forjará. Estar próximo dele, observar como ele presta o seu serviço à Igreja, com simplicidade, determinação e energia acredito que isto deixará uma marca em mim”, revela o protagonista, que vai estudar Teologia quando regressar à Suíça.

Com 27 anos, René considera que ter entrado e fazer parte da Guarda Pontifícia “é uma grande experiência e uma grande mudança de vida” e adianta que na sua terra natal “existem ainda muitos jovens” que se conseguem entusiasmar e “vivem esta experiência com grande motivação”.

O protagonista que não fez “muitas perguntas” quando foi convidado para este papel no documentário, revela que “foi uma bela experiência” e uma “bela abordagem da vida na Guarda Suíça, em Roma”.

Por sua vez, o sargento Urs Breitenmoser assinalou que o documentário para além de um “desafio” para todos foi “uma bela oportunidade” de apresentar a guarda papal como realmente é, “olhar as cenas de uma instituição tão antiga mas ao mesmo tempo tão moderna”.

Os critérios para pertencer ao exército pontifício são precisos: Ser suíço, homem, católico praticante, ter um diploma, mais de 1,74 metros de altura e um comprovado equilíbrio psicológico e comportamental.

Entre os deveres do “exército mais pequeno do mundo” está a salvaguarda física do Papa, a vigilância do Palácio Apostólico e dos ingressos externos da Cidade do Vaticano, os serviços de segurança e de honra em cerimónias públicas.

A emissora católica destaca ainda que o documentário que não participava na competição da 72.ª edição do Festival de Veneza foi “bem acolhido pelo público”, aquando a exibição, esta quarta-feira.

RV/CB

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Agência ECCLESIA

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