Cidade do Vaticano, 11 jun 2015 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que os discípulos são chamados a servir e a anunciar o Evangelho gratuitamente e que a salvação não “vem das riquezas”.
“Recebestes de graça, dai de graça”, destacou Francisco, a partir do Evangelho do dia, [São Mateus 10, 7-13], para indicar que a gratuidade é uma característica do serviço do discípulo porque ninguém “comprou a salvação”, ninguém “a mereceu” mas “é pura graça do Pai no sacrifício de Jesus Cristo”.
“É triste quando encontramos comunidades cristãs, sejam paróquias, congregações religiosas, dioceses, quaisquer que sejam as comunidades cristãs, que se esquecem da gratuidade, porque por trás disso e sob isso há o engano (de presumir) que a salvação vem da riqueza, do poder humano”, alertou o Papa na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Segundo Francisco, Jesus dá a seus discípulos o “dever” de ser missionário e dar “o que recebeu no Batismo aos outros” porque se “não sai de si mesmo para levar o bem aos outros” não é um verdadeiro discípulo.
“O percurso dentro de si, do discípulo que procura o Senhor todos os dias na oração, na meditação. O discípulo deve fazer este percurso porque se não procurarem sempre Deus, o Evangelho que levar aos outros será frágil, aguado, sem força”, desenvolveu.
Neste contexto, o Papa revelou que o caminho que Jesus quer de seus discípulos é “duplo” e assinalou que um discípulo que “não serve os outros não é cristão”: “O serviço a Jesus nos outros, nos doentes, nos prisioneiros, nos famintos, nos nus. É o que Jesus nos disse que devemos fazer, porque Ele está ali”.
Segundo Francisco, quando a esperança “está na própria comodidade do caminho” ou está no “egoísmo” de ter e não servir os outros, “nas riquezas ou nas pequenas seguranças mundanas” tudo se desmorona.
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