Vaticano: Delegação portuguesa participa no Jubileu das Famílias, dos Avós e dos Idosos «com expectativa acrescida»

«O lema de sermos peregrinos de esperança, certamente que não é simplesmente um slogan» – D. Nuno Almeida

Foto: Agência ECCLESIA/JPG

Braga, 28 mai 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão do Laicado e Família (CELF), da Conferência Episcopal Portuguesa, explicou que participam no Jubileu das Famílias, dos Avós e dos Idosos “com expectativa acrescida”, pelo novo Papa, e destaca a atualidade da ‘Amoris Laetitia’.

“Agora com o novo Papa vamos com uma expectativa acrescida, por um lado levando no coração um sentido de saudade e de gratidão ao Papa Francisco, que nos deixou um dos documentos mais fundamentais, mais importantes, que é a ‘Amoris Laetitia’”, disse D. Nuno Almeida, em declarações à Agência ECCLESIA.

O presidente da CELF afirma que o Jubileu das Famílias, dos Avós e dos Idosos, do Ano Santo 2025, “vai certamente ajudar” a não colocarem “no congelador este documento tão belo, tão decisivo” do Papa Francisco, que implica ser “saboreado, capítulo a capítulo, número a número, com tantas consequências depois para a vida familiar”.

A exortação apostólica pós-sinodal ‘Amoris Laetitia’ (A Alegria do Amor), sobre o amor na família, foi publicada em 2016, após duas assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família.

“Tem também uma visão para a Pastoral Familiar, para os nossos tempos, de acolhimento, de integração, de acompanhamento, de abertura, mas ao mesmo tempo de anúncio. Nós não podemos nunca esquecer o anúncio do Evangelho às Famílias e a proposta de um ideal, no fundo do sonho que Deus tem para cada família”, acrescentou D. Nuno Almeida (bispo de Bragança-Miranda).

O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família acrescenta que esta “é sempre uma proposta muito exigente”, porque vai “um pouco contra a corrente” o ambiente que se vive hoje na sociedade, por isso, “tudo vai estar muito presente, certamente, no Jubileu”.

“E o lema de sermos peregrinos de esperança, certamente que não é simplesmente um slogan, vai ser uma sementeira de muita esperança nos casais que vão participar e depois também nas famílias às quais estamos ao serviço”, acrescentou.

O Jubileu das Famílias, dos Avós e dos Idosos, do Ano Santo 2025, que a Igreja Católica está a celebrar dedicado à esperança, vai realizar-se entre sexta-feira e domingo, de 30 de maio a 1 de junho, no Vaticano e em Roma.

De Portugal vai participar “uma boa representação”, salienta D. Nuno Almeida, que viaja “em nome da Comissão e da Conferência Episcopal”, e adianta que vão estar presentes também “os casais que formam parte do Departamento Nacional da Pastoral Familiar”, o seu assistente, o padre Francisco Ruivo, da Diocese de Santarém, e o secretário da CELF, o leigo José Ribeiro da Cruz, “para além de muitas outras pessoas que iremos encontrar em Roma”.

A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e está a ser continuado com o pontificado de Leão XIV.

No sábado, dia 31 de maio, comemora-se o Dia Mundial dos Irmãos, a Comissão Episcopal do Laicado e Família publicou uma mensagem para, segundo o seu presidente, “sublinhar a importância” que tem o cuidar as relações, os relacionamentos.

“Se há algo importante na vida pessoal e na vida familiar, e na vida da sociedade, é prestarmos muita atenção, é dar tempo para que a amizade e os laços familiares se possam fortalecer. Também não esquecer o espaço, isto é, a presença física, não ficarmos só no mundo virtual, mesmo se isto também pode ajudar”, explicou D. Nuno Almeida.

Neste sentido, acrescenta que a CELF, com a sua mensagem para o Dia Mundial dos Irmãos, pretende “sublinhar que a vida familiar e, neste caso, os laços fraternais, de irmãos para irmãos, são também uma realidade artesanal”, como lembrava o Papa Francisco, que “implica um ser, um cuidar, um aprimorar sempre os laços da fraternidade”.

“Nós apercebemo-nos que a fraternidade não é hoje óbvia, que deveria ser em termos da vida social, no que se refere à política, como na ‘Fratelli Tutti’ [encíclica do Papa Francisco] foi recordado, tudo aquilo que nós pensávamos adquirido não é. Precisamos de tomar consciência da importância que tem a dimensão da fraternidade na família e na sociedade.”

CB/OC

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