Vaticano deixa apelos ao novo Conselho de Direitos Humanos da ONU

Defesa da vida e da liberdade religiosa devem marcar a sua actuação O Vaticano espera que o novo Conselho de Direitos Humanos da ONU demonstre o seu compromisso em favor da dignidade humana defendendo “o direito à vida” e “à liberdade religiosa”. O Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Giovanni Lajolo, falou na reunião inaugural deste Conselho, com 47 membros, encarregados de monitorizar a situação dos direitos humanos em todo o mundo. Para o Arcebispo Lajolo, o reconhecimentos da dignidade humana é um “desenvolvimento irreversível” na comunidade internacional, mas o respeito pelos direitos humanos ainda está longe de ser um fenómeno global. “Não há direito nenhum que não seja violado em inúmeros países, lamentavelmente também em membros deste novo conselho”, atirou. O Vaticano espera que o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, cuja sessão de inauguração foi celebrada nesta segunda-feira, seja menos politizado que a precedente Comissão nesta área. Antes da intervenção de D. Lajolo, que teve lugar ontem, o observador permanente da Santa Sé junto dos serviços especializados da ONU em Genebra, Arcebispo Silvano Maria Tomasi, confessou em declarações à Rádio Vaticano que deposita grandes esperanças neste novo Conselho de Direitos Humanos, “um dos três pilares da estrutura das Nações Unidas, juntamente com o do Desenvolvimento e da Segurança”. “É necessário, de qualquer forma, estar muito atentos para que o fundamento dos direitos humanos de cada um seja o respeito e a consciência de que todos somos filhos de Deus”, apontou. Kofi Annan abriu a primeira sessão do novo Conselho dos Direitos Humanos, dando início a duas semanas de trabalho. Uma “nova era começou para a acção das Nações Unidas no domínio dos direitos do Homem”, afirmou o secretário-geral da ONU. Criado em março de 2006, o conselho é composto por 47 países, eleitos entre os 191 Estados membros na Assembleia Geral da ONU – instância máxima da organização. O órgão vai substituir a comissão temática que tratava do assunto até então.

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