Vaticano: D. António Couto aponta fragilidade física e amor à Igreja como causas da resignação do Papa

Bispo de Lamego esteve em outubro no Vaticano e recorda sinais de dificuldade de locomoção de Bento XVI

Lisboa 11 fev 2013 (Ecclesia) – D. António Couto disse hoje não ter percebido sinais de qualquer “fragilidade intelectual” em Bento XVI quando em outubro esteve no Vaticano para participar no Sínodo para a Nova Evangelização.

“O Papa esteve em quase todas as sessões do Sínodo sempre com extrema vivacidade, com muito bom humor, muito vivo e dinâmico, muito lúcido e claro nas suas intervenções”, afirmou o bispo de Lamego à Agência ECCLESIA, recordando que a sua fragilidade se sentia quando este tinha de andar.

“Quando ele se tinha de mover, ai sim, apresentava dificuldade. Para andar 100 metros tinha alguma dificuldade mas sentado era impecável, completamente lúcido e clarividente” afirma, recordando imagens nos corredores na ala sinodal.

D. António Couto olha para a resignação de Bento XVI como uma decisão de quem “vê a sua vida à luz de Jesus Cristo, de quem ele nunca se desligou” e por isso, considera que “o seu serviço à Igreja e o seu amor a Cristo o levam a tomar a este passo para um maior bem da Igreja, não tenho dúvida”.

O bispo de Lamego lembra ainda o desafio da Nova Evangelização “por quem ele lutou tanto” e que “pedirá mais energias para o levar por diante do que as que ele tem”.

Esta manhã, durante um Consistório público para a promulgação de três novos santos da Igreja Católica, o Papa transmitiu aos membros do colégio cardinalício a sua intenção de abdicar do cargo a partir do dia 28 de fevereiro, abrindo assim caminho para a eleição de um novo Papa.

“Cheguei à conclusão de que as minhas forças, por causa da idade avançada, já não são adequadas para exercer de forma apropriada o ministério petrino”, disse Bento XVI aos seus colaboradores.

LS

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Agência ECCLESIA

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