Vaticano contesta mentalidade anti-natalista

O Vaticano contestou nas Nações Unidas aquilo que considera ser a “mentalidade anti-natalista” reinante na comunidade internacional desde a cimeira sobre população e desenvolvimento no Cairo, há 10 anos. Durante a Assembleia da ONU que comemorou o 10º aniversário dessa cimeira, o observador permanente da Santa Sé junto da organização, D. Celestino Migliore, advertiu para as consequências dessa mentalidade, lembrando que “as preocupações sobre a população humana estão intimamente ligadas com o desenvolvimento e o florescimento de cada ser humano”. “É um facto que o crescimento populacional decaiu significativamente em muitas nações desenvolvidas e industrializadas: essa quebra deve ser entendida como uma ameaça para o seu futuro”, disse. Nesse sentido, o representante vaticano pediu mais apoios para “os casais que escolhem ter famílias numerosas” e todas as garantias para que “o esposo e a esposa possam decidir responsavelmente, livres de qualquer coerção social e legal, o número de filhos que querem ter e qual o espaçamento dos seus nascimentos”. O prelado destacou ainda o impacto que têm as migrações no rosto da população mundial, assinalando que “a cimeira do Cairo permite recordar a vital importância do bem-estar e progresso de cada membro da família humana”. Perante esta situação, a Santa Sé pediu “uma avaliação precisa e objectiva dos temas da população e da solidariedade global, a respeito das estratégias de desenvolvimento”.

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