O Vaticano promoveu um seminário universitário sobre a “antroplogia gay”, no qual, além de se manifestar contra os casamentos entre homossexuais, se posicionou também contra a adopção de crianças por casais homossexuais. O alerta às sociedades para as consequências de legislações permissivas foi feito pelo sacerdote e psicanalista francês, Padre Toni Anatrella, durante o seminário de estudos sobre a “questão homossexual”, que ocorre em Roma na Universidade Lateranense. O Padre Anatrella, baseando-se na sua própria experiência clínica e científica, divulgou os resultados de uma pesquisa efectuada em 2003 nos Estados Unidos da América. O estudo verificou que 40% das crianças adoptadas por homossexuais desenvolvem tendências gays e comportamentos psicóticos. “Se tal modelo se fortalecer, como desejado por algumas legislações, nas próximas 3 ou 4 gerações assistiremos a um aumento em massa de comportamentos e patologias psicóticas”, assegurou. Durante o seminário, interveio também David Crawford, professor de teologia moral do Instituto Pontifício João Paulo II, que denunciou a tendência “de destruir de modo violento a possibilidade de fundar uma metafísica da verdade sobre o amor heterossexual”. Este especialista referiu que “a noção de ‘direitos homossexuais’ está ligada a uma ideologia que procura recompor a sociedade com base na antropologia gay”. O teólogo espanhol Juan Jose Perez Soba, professor no Instituto João Paulo II, atacou a lei do governo do seu país que legalizou a união entre homossexuais. “Na lei espanhola da legalização dos matrimónios homossexuais, pediu-se simplemente para definir o casamento como uma relação afectiva, sem menções sobre sexualidade. É a primeira vez na história da humanidade que a sexualidade não faz parte da definição do casamento, para converter-se num simples desejo mútuo”, afirmou Soba. “O inconcebível desta proposta é a pretensão de converter também aquilo que não supera o nível de um desejo subjectivo num direito social”, concluiu.