Cidade do Vaticano, 11 mai 2012 (Ecclesia) – O Vaticano condenou hoje os atentados que provocaram esta quinta-feira 55 mortes e 372 feridos em Damasco, capital da Síria, pedindo um “compromisso conjunto e decidido da comunidade internacional” para acabar com a violência.
“Perante os trágicos atentados que ontem ensanguentaram as ruas de Damasco, não é possível deixar de exprimir uma firme condenação e a comovida proximidade do Santo Padre e da comunidade católica às famílias das vítimas”, declara o padre Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, num comunicado publicado esta manhã.
O porta-voz do Vaticano pede às partes em conflito há cerca de 14 meses na Síria que coloquem em prática o chamado ‘Plano Annan’ com um “empenho reforçado”.
Kofi Annan, antigo secretário-geral da ONU e mediador internacional para o conflito em curso, classificou os incidentes como “inaceitáveis” e pelou ao fim da violência na Síria.
O Vaticano deixa votos de que sejam enviados outros observadores para o terreno, “o mais rapidamente possível”.
“É cada vez mais atual o apelo deixado pelo Santo Padre no dia de Páscoa: é preciso empreender, sem demora, o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação”, conclui o padre Lombardi.
A explosão de dois carros-bomba, no atentado mais mortífero em quase 14 meses de revolta na Síria, aconteceu numa autoestrada de Damasco e atingiu também um edifício dos serviços secretos.
No total, 11 925 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas desde o início da revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O patriarca greco-melquita de Antioquia e de todo o Oriente, Gregorios III, fala numa “barbárie sem precedentes” e pede que o mundo diga “basta”.
Este responsável revela à agência católica Misna que os vidros da catedral foram estilhaçados pela explosão.
OC