Vaticano condena assassinatos no Egipto

Cardeal Kasper escreve ao líder dos cristãos coptas, Shenouda III

O Vaticano manifestou a sua “tristeza” perante as “trágicas notícias” da morte de vários cristãos coptas egípcios após uma Missa de Natal em Nag Hamadi.

Oito cristãos coptas e um polícia foram mortos e várias pessoas coptas ficaram feridas. Todos foram atingidos por três homens, que se faziam transportar num automóvel, atirando indiscriminadamente sobre as pessoas que saíam da igreja, após a missa da meia-noite.

Numa carta assinada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, o Vaticano diz que “todos os cristãos devem estar unidos frente à opressão”.

A missiva foi enviada ao Patriarca Shenouda III, líder da Igreja copta do Egipto, assegurando que “partilhamos juntos esta tristeza” e “rezamos juntos pela cura, a paz e a justiça”.

As autoridades egípcias detiveram três homens suspeitos de terem sido os autores dos homicídios.

Nesta Quinta-feira registaram-se confrontos entre a polícia e manifestantes coptas, à margem dos funerais das vítimas.

A minoria copta, que representa cerca de 8% dos 80 milhões de egípcios, queixa-se há mais de 20 anos de discriminações e de perseguição sistemática.

“O clima de agressividade contra os cristãos no Alto Egipto parece mais evidente nos últimos tempos”, constata o jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, comentando os últimos acontecimentos.

“Os ataques nascem de uma mistura de ódio religioso e pretextos ocasionais. Na Páscoa passada, foi assassinado um cristão em Hegaza, da mesma forma”, refere ao jornal o Pe. Rafic Greiche.

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