Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização explica motivações que levam à celebração de um «Ano da Fé»
Cidade do Vaticano, 16 mai 2012 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (CPPNE) falou hoje no “direito de Deus” na sociedade atual, alertando para a “persistência de uma crise complexa que aumenta as dúvidas e ofusca a esperança”.
D. Rino Fisichella assina um artigo na edição desta quarta-feira do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, sobre o ‘Ano da Fé’, proclamado por Bento XVI, no qual afirma que “ninguém pode sentir-se excluído do ser positivamente provocado sobre o sentido da vida e das grandes questões” levantadas pelo ser humano.
Segundo o responsável pelo mais recente dicastério da Cúria Romana, “formular a questão sobre a fé não significa afastar-se do mundo, mas tomar consciência da responsabilidade que se assume em relação à humanidade neste momento histórico”.
Aos católicos, acrescenta, compete “sair do deserto que tem em si o mutismo de quantos nada têm a dizer, para restituir a alegria da fé e para a comunicar de maneira renovada”.
O Ano da Fé promulgado por Bento XVI vai ter início a 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013.
O presidente do CPPNE considera que este ano tem em vista “a dramática crise de fé que atinge muitos cristãos”, procurando que a Igreja Católica “seja capaz de mostrar, mais uma vez e com entusiasmo renovado, o verdadeiro rosto de Cristo”.
“Não podem sentir-se excluídos quantos têm consciência da própria fragilidade, que com frequência se transforma em indiferença e agnosticismo, para encontrar o sentido perdido e compreender o valor de pertencer a uma comunidade, verdadeiro antídoto à esterilidade do individualismo dos nossos dias”, escreve.
OC