Vaticano: Cientista do CERN e mineiro resgatado no Chile juntam-se a Bento XVI para inaugurar Ano da Fé

Celebração vai ser marcada pela evocação do 50.º aniversário da abertura do último Concílio da Igreja Católica

Cidade do Vaticano, 09 out 2012 (Ecclesia) – Uma cientista do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN) e um dos 33 mineiros chilenos resgatados em outubro de 2010 vão estar hoje para celebrar com Bento XVI o início do Ano da Fé.

A presença de Fabiola Gianotti, porta-voz da experiência ATLAS (uma das equipas a trabalhar na busca do bosão de Higgs), e Luis Alberto Urzúa Iribarren, o último a sair da mina de San José, é um dos gestos simbólicos do programa da cerimónia marcada para as 10h00 (menos uma em Lisboa), na Praça de São Pedro, que assinala os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965).

O mineiro vai ser um dos trabalhadores presentes para receber uma cópia da mensagem que Paulo VI (1897-1978) dirigiu no final desse Concílio, gesto que vai ser repetido junto de representantes do mundo da ciência e do pensamento, governantes, artistas, mulheres, jovens, pobres e doentes.

Entres estes contam-se ainda o filósofo alemão Robert Spaemann e o biblista Gerhard Lohfink, seu concidadão; o compositor escocês James MacMillan, o escultor Arnaldo Pomodoro e o cineasta Ermanno Olmi.

“Misturam-se personalidades conhecidas com crentes do mundo inteiro que representam situações emblemáticas do empenho da fé”, explicou o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella.

A celebração vai contar com a presença dos participantes no Sínodo, nos quais se incluem os portugueses D. Manuel Clemente, bispo do Porto, e D. António Couto, bispo de Lamego, bem como dos presidentes das Conferências Episcopais, entre eles D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa.

O Papa convidou os 70 participantes no Concílio Vaticano II que ainda se encontram vivos (incluindo D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo emérito de Braga), mas em função da idade avançada e da precária de saúde de muitos apenas 15 vão poder estar presentes.

Esperam-se pelo menos 400 cardeais, arcebispos e bispos, que vão repetir a procissão na Praça de São Pedro que foi umas das imagens históricas de 1962.

A celebração, num dia de sol, em Roma, vai ser antecedidade da leitura de alguns excertos das quatro constituições conciliares e a “entronização” da Palavra de Deus, utilizando o mesmo evangeliário dos trabalhos do Vaticano II.

D. Rino Fisichella sublinhou que a abertura do Ano da Fé, convocado por Bento XVI, no mesmo dia do 50.º aniversário do início do Concílio Vaticano II proporciona a “oportunidade de regressa ao acontecimento que marcou de forma determinante a vida da Igreja no século XX”.

Ainda hoje vai ser assinalado o 20.º aniversário do Catecismo da Igreja católica, pelo que o Papa vai entregar uma cópia do mesmo, numa edição especial publicada para o Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), a representantes dos catequistas.

OC

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