Vaticano: Cardeal Tolentino Mendonça sublinha atenção de Leão XIV à «revolução tecnológica»

Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação encerrou encontro internacional das «Scholas Occurrentes»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 30 mai 2025 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino Mendonça destacou esta quinta-feira a atenção de Leão XIV à “revolução tecnológica”, encerrando um encontro internacional das ‘Scholas Occurrentes’, no Vaticano.

O novo Papa, referiu, falou “com grande lucidez sobre a revolução tecnológica em curso, que não se deve ignorar nem temer”.

“Somos chamados a acolhê-la e integrá-la, com espírito crítico e olhar humano, para destacar o seu potencial ao serviço de uma educação inclusiva”, sustentou.

O responsável católico pediu respostas aos desafios apresentados pela tecnologia, que permitam “permanecer humanos”, defendendo a aposta na educação e na formação de uma humanidade que redescobre o valor da beleza e da espiritualidade.

“Não precisamos de uma antropologia despótica, mas de uma antropologia sensata, capaz de realizar o sonho de Deus: que o homem seja o guardião da Criação, não seu dono”, indicou, ao evocar o 10.º aniversário da encíclica ‘Laudato Si’.

O ‘Encontro Internacional sobre o Sentido’, evento global promovido pela ‘Scholas Occurrentes’, projeto criado pelo Papa Francisco, e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caraíbas, decorreu na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano.

D. José Tolentino Mendonça recordou a “preciosa herança” de Francisco no campo da educação, “recolhida com entusiasmo” pelo seu sucessor, Leão XIV.

O colaborador do Papa, citado pelo portal de notícias do Vaticano, indicou que, com a escolha do nome, o novo pontífice quis chamar a atenção do mundo para outra “revolução”, a digital, e para o horizonte da Inteligência Artificial.

“Nesta nova fase da história, a educação pode favorecer um uso consciente das tecnologias, uma atitude crítica, capaz de compreender e discernir oportunidades e limites”, apontou.

A intervenção recordou o Pacto Educativo Global, lançado pelo Papa Francisco.

“Tudo tem um reflexo no mundo da educação”, indicou o cardeal português, recordando o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos alunos.

“Não podemos pensar que certos problemas, as grandes angústias, sejam prerrogativas exclusivas da idade adulta”, observou.

O prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação convidou a pensar nos “pobres, nos migrantes, nos refugiados, nos meninos e meninas das periferias do mundo”.

OC

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