Responsável português presidiu a recitação do Rosário pela saúde de Francisco, na Praça de São Pedro
Cidade do Vaticano, 09 mar 2025 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino de Mendonça evocou hoje, no Vaticano, o “magistério da fragilidade e do sofrimento” do Papa, hospitalizado há 24 dias.
“Que as nossas orações e o nosso afeto estejam próximos dele e que, ao mesmo tempo, nos tornemos cada vez mais disponíveis a acolher o magistério da fragilidade e do sofrimento que estamos a receber, neste momento, do Santo Padre”, disse o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, no início da recitação do Rosário pela saúde de Francisco, na Praça de São Pedro.
“É um magistério precioso que nos responsabiliza no acompanhamento e no cuidado dos doentes, dos pobres e de todos os que sofrem”, acrescentou.
Diante da imagem da Virgem Maria, Mãe da Igreja, a iniciativa decorreu pela 14ª noite consecutiva, unindo responsáveis do Vaticano e da Diocese de Roma, colaboradores da Santa Sé e centenas de peregrinos.
“Desde o início do seu pontificado, ouvimos o Papa Francisco pedir-nos que não nos esquecêssemos de rezar por ele. É o que fazemos na Praça de São Pedro e em todo o mundo, intensificando a nossa oração pelo Santo Padre”, referiu o cardeal Tolentino Mendonça, na sua saudação inicial.
O colaborador do Papa sublinhou que “não são apenas os cristãos a fazê-lo”.
“Também os fiéis de outras religiões e mesmo muitos não-crentes unem os seus corações em volta do Papa Francisco”, indicou o membro da Cúria Romana.
Depois do canto da Salve Rainha, o cardeal Tolentino Mendonça ajoelhou-se diante da imagem de Nossa Senhora, enquanto se entoava a Ladainha Lauretana, originalmente aprovada em 1587 por Sisto V, e a antiga oração ‘Oremus pro Pontifice’, em gregoriano, para que Deus preserve o Papa do mal e lhe dê uma “longa vida”.
A partir de segunda-feira e até 14 de março, coincidindo com os exercícios espirituais da Cúria Romana, a recitação do Rosário vai ser antecipada para cerca das 18h00 (menos uma em Lisboa), no Auditório Paulo VI, depois da oração de Vésperas e da meditação – com transmissão nos ecrãs gigantes colocados na Praça de São Pedro.
Francisco está internado desde 14 de fevereiro, no Hospital Gemelli, de Roma, tendo sido diagnosticado com uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias, que se agravou para uma pneumonia bilateral, num quadro clínico definido como complexo.
OC
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