Responsável da Cúria Romana diz que Consistório tem grande importância para Portugal e a Igreja em todo o mundo
Roma, 16 fev 2012 (Ecclesia) – O cardeal José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, afirmou hoje que o Consistório deste sábado, que vai reunir cardeais de todo o mundo com Bento XVI, tem uma “importância extraordinária”.
“Este Consistório vai ser celebrado num contexto da evangelização, o que é muito sintomático, e tem uma grande importância para a Igreja, porque também é quando o Papa nomeia novos cardeais”, refere à Agência ECCLESIA.
Bento XVI convocou os membros do colégio cardinalício e os 22 cardeais designados, incluindo o português D. Manuel Monteiro de Castro, para um encontro de “reflexão e de oração”, que vai decorrer esta sexta-feira.
A reunião tem como tema ‘O anúncio do Evangelho hoje, entre missão ad gentes e nova evangelização’ e decorre poucos meses antes do Sínodo dos Bispos, que vai abordar as mesmas questões, no Vaticano.
O debate entre os cardeais e o Papa vai ser introduzido por uma intervenção do cardeal designado D. Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, Estados Unidos da América.
Durante os trabalhos haverá ainda uma comunicação sobre o ‘ano da fé’, que se inicia em outubro, a cargo de D. Salvatore Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.
Para D. José Saraiva Martins, de 80 anos, “a Europa precisa de uma nova evangelização”, questão que considera como a “chave” para acompanhar o próximo Consistório.
Nesta celebração, vai ser criado cardeal o também português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.
“Com o novo cardeal, a Igreja portuguesa reforça-se aqui em Roma”, diz o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, que vive na capital italiana há várias décadas, manifestando “grande satisfação”.
Este responsável sublinha que Portugal foi “a nação que evangelizou boa parte do mundo”, pelo que “tem de estar bem representado na Cúria Romana, o governo central da Igreja”.
Falando da sua experiência pessoal e do percurso diplomático, em vários países, do novo cardeal português, D. José Saraiva Martins afirma que “a Igreja portuguesa tem de ser vista numa ótica mundial, universal”.
Este responsável reafirma, contudo, que só queria “nascer português” e que o serviço prestado à Santa Sé, tal como o serviço diplomático de D. Manuel Monteiro de Castro, acaba por ser “muito enriquecedor”, a título pessoal e coletivo.
OC