Peregrinação a Fátima esteve no centro do encontro dominical com peregrinos na Praça de São Pedro
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA a Roma
Cidade do Vaticano, 14 mai 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, falecidos com 10 e 9 anos, respetivamente, é um sinal de atenção por todas as crianças.
“Com a canonização de Francisco e Jacinta, quis propor a toda a Igreja o seu exemplo de adesão a Cristo e de testemunho evangélico. Também quis propor a toda a Igreja que tome conta das crianças”, realçou, falando a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do Regina Coeli, um dia após ter concluído a sua peregrinação a Fátima.
A respeito da canonização a que presidiu na Missa do dia 13 de maio, o Papa sublinhou que a santidade de Francisco e Jacinta Marto “não é consequência das aparições, mas da fidelidade e do ardor com que eles corresponderam ao privilégio recebido de poder ver a Virgem Maria”.
“Em Fátima, Nossa Senhora escolheu o coração inocente e a simplicidade dos pequenos Francisco, Jacinta e Lúcia como depositários da sua mensagens. Os pastorinhos acolheram-na dignamente, ao ponto de serem reconhecidos como testemunhas fiáveis das aparições e tornando-se modelos de vida cristã”, declarou.
Segundo informação oficial da sala de imprensa da Santa Sé, enviada à Agência ECCLESIA, na Missa de canonização estiveram presentes cerca de 500 mil pessoas no recinto do Santuário de Fátima.
O Papa evocou os encontros dos pastorinhos com a “Senhora bonita”, depois dos quais “recitavam com frequência o Rosário, faziam penitência e ofereciam sacrifícios para obter o fim da guerra e para as almas mais necessitadas da divina misericórdia”.
Essa atitude de oração e penitência, acrescentou, é necessária ainda hoje para “implorar a graça da conversão, para implorar o fim de tantas guerras que estão por todo o lado, no mundo, e que crescem cada vez mais”.
Francisco apelou ao fim de “conflitos absurdos, grandes e familiares, pequenos, que desfiguram o rosto da humanidade”.
“Deixemo-nos guiar pela luz que vem de Fátima. Que o Coração Imaculado de Maria seja sempre o nosso refúgio, a nossa consolação, e o caminho que nos conduz a Cristo”, concluiu.
Após a recitação do Regina Coeli, o Papa evocou a perseguição contra a minoria yazidi, no Médio Oriente, e convidou os presentes a rezar, em silêncio, pelas suas mães, cujo dia se assinala hoje em muitos países.
OC