Cidade do Vaticano, 21 abr 2025 (Ecclesia) – O cardeal camerlengo, D. Kevin Farrell, selou hoje os apartamentos pontifícios, no segundo andar da Casa Santa Marta, onde Francisco faleceu, e no terceiro andar do Palácio Apostólico.
O responsável stava acompanhado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e por D. Edgar Peña Parra, substituto para os assuntos gerais da Secretaria de Estado.
Já esta tarde, camerlengo também presidiu à constatação da morte, na capela da Casa de Santa Marta, com deposição imediata dentro do caixão, seguindo disposições explícitas do falecido pontífice.
Durante o rito, foi lida em voz alta a declaração de óbito.
O ato foi validado pelo cardeal Farrell e a cerimónia durou pouco menos de uma hora, informa o Vaticano.
Segundo as novas normas, a exposição à veneração dos fiéis do corpo do Papa vai ser feita dentro do caixão aberto, na Basílica de São Pedro, eliminando os tradicionais três caixões – de cipreste, chumbo e carvalho.
A Constituição apostólica ‘Universi Dominici gregis’, de São João Paulo II, determina que compete aos cardeais decidir sobre o dia em que o corpo do falecido pontífice será trasladado para a Basílica do Vaticano, para ser exposto à homenagem dos fiéis.
A primeira congregação geral (reunião) dos cardeais vai ter lugar na terça-feira, com os membros do Colégio Cardinalício que já se encontram em Roma e os outros que conseguiram chegar à capital italiana nas últimas horas.
As exéquias vão ser celebradas durante nove dias consecutivos e a sepultura deve ter lugar, “salvo razões especiais, entre o quarto e o sexto dia após a morte”.
Antes da tomada de decisão foi lido o testamento do Papa Francisco, que deixa indicações para a sua sepultura na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
OC
Liturgia: Exéquias do Papa vão seguir novo rito, simplificando celebrações e exposição aos fiéis