Camerlengo preside hoje ao rito de verificação da morte e da colocação do corpo no caixãoCidade do Vaticano, 21 abr 2025 (Ecclesia) – A trasladação do corpo do Santo Padre para a Basílica do Vaticano, para a homenagem de todos os fiéis, pode ter lugar na manhã de quarta-feira, anunciou hoje o porta-voz do Vaticano.
A cerimónia vai decorrer “segundo as modalidades que serão estabelecidas e comunicadas amanhã, após a primeira Congregação dos Cardeais”, acrescentou Mattero Bruni.
O cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, vai presidir hoje ao rito da verificação da morte e da colocação do corpo do Papa no caixão, anunciou o Vaticano.
Este é um rito previsto no ‘Ordo Exsequiarum Romani Pontificis’ (n.ºs 21-40).
A celebração vai decorrer a partir das 20h00 (menos uma em Lisboa), na capela da Casa de Santa Marta.
O rito tem participação prevista do decano do Colégio Cardinalício, familiares do Romano Pontífice, diretor e ao vice-diretor da Direção da Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano.
O ritual das exéquias do Papa foi renovado pelo próprio Francisco, para responder a um desejo de maior simplicidade.
Entre as novidades introduzidas estão a constatação da morte já não no quarto do defunto, mas na capela, a deposição imediata dentro do caixão, a exposição à veneração dos fiéis do corpo do Papa já dentro do caixão aberto e a eliminação dos tradicionais três caixões – de cipreste, chumbo e carvalho -.
As exéquias são ser celebradas durante nove dias consecutivos e a sepultura deve ter lugar, “salvo razões especiais, entre o quarto e o sexto dia após a morte”.
As celebrações mantêm as três etapas clássicas: a residência do Papa falecido, a Basílica de São Pedro e o local da sepultura.
A verificação da morte passa a acontecer na capela privada do defunto, em vez do quarto, e a deposição do corpo vai ser feita num caixão único de madeira, com interior de zinco, antes de ser transferido para São Pedro; a primeira transferência para o Palácio Apostólico foi eliminada.
Na Basílica do Vaticano, o corpo do Papa defunto é exposto diretamente no caixão e já não sobre um esquife alto; durante esta exposição, o báculo papal não será colocado ao lado do caixão, que é fechado na véspera da Missa fúnebre.
A terceira etapa, no lugar da sepultura, inclui a transferência do caixão para o túmulo e o enterro.
Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais, em Roma, foi o local escolhido pelo Papa Francisco para a sua sepultura, falando da grande devoção a Nossa Senhora, em particular o ícone da ‘Salus Populina Romani’.
O último Papa sepultado em Santa Maria Maior foi Clemente IX, em 1669, encontrando-se também na Basílica os túmulos de Honório III, Nicolau IV, Pio V, Sisto V, Clemente VIII e Paulo V.
OC