O Vaticano tomou medidas restritivas para evitar o barulho das claques da «Clericus Cup», campeonato de futebol que pela segunda vez reúne padres e seminaristas de Roma. As queixas dos vizinhos levaram a que fossem proibidos megafones, tambores e instrumentos do género durante os jogos, disputados no campo do Oratório de São Pedro, com vista para o Vaticano, nas manhãs de Sábado e ao início das tardes de Domingo. O “código de silêncio” entrou em vigor no passado dia 26 de Janeiro. Mais de 380 jogadores de 71 países, incluindo Portugal, defrontam-se até ao próximo dia 3 de Maio numa iniciativa promovida pelo Centro Desportivo Italiano (CSI), organismo católico, e patrocinada pelo Conselho Pontifício para os Leigos, do Vaticano e o Comité Olímpico Italiano (CONI) . Italianos, mexicanos, colombianos, norte-americanos e croatas dominam a lista de inscritos. Há também participantes de destinos mais “exóticos”, como Myanmar, Burkina-Fasso, Vietname, Japão, Iraque ou a Suazilândia. O mais velho é o escocês John Breen, nascido em 1950, e os mais novos David A. Gelvis (venezuelano) e o italiano Gabriele Fornuto, nascidos em 1988. As 16 equipas, divididas em dois grupos, defrontam-se ao longo de sete jornadas, durante as quais os jogos têm duas partes de 30 minutos e algumas alterações relativamente às regras do futebol de 11. Em primeiro lugar, é possível efectuar 5 substituições e cada equipa tem a possibilidade de pedir um pedido de desconto (time-out) de 1 minuto. Em caso de empate, os jogos seguem para o desempate através dos pontapés da marca de grande penalidade: quem ganha leva 2 pontos e quem perde fica com 1. As acções disciplinares também têm novidades: alguns casos de expulsão directa (faltas em situação de golo iminente) são substituídas por expulsões temporárias de 5 minutos, com um cartão azul, aplicável também a “comportamentos incorrectos, incluindo protestos”, como se lê no regulamento da competição. Nos quartos-de-final e meias-finais, em Abril, aplica-se o sistema de eliminação directa, com jogos a duas mãos à imagem da Liga dos Campeões. A final terá lugar no Estádio dos Mármores, em Roma, cedido pelo CONI.